V. Guimarães-Sporting, 1-3 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio D. Afosno Henriques
19 mar 2022, 22:45

Carrossel desfeito com arte

Arrancada a ferros e com uma cambalhota no marcador. O Sporting arrecadou a vitória no Estádio D. Afonso Henriques num embate intenso, com vários lances de perigo e os leões a resolver com arte (1-3). Até foi o Vitória a marcar primeiro, mas um penálti em cima do intervalo igualou o encontro nos desconto do primeiro tempo.

Na reta final do encontro o Sporting cresceu e teve astúcia para desfazer a igualdade no marcador com dois grandes golos. Primeiro foi Paulinho com um remate de letra a encaminhar o triunfo, depois foi Edwards, já nos descontos, a marcar um grande golo com o pé direito a pôr um ponto final na incerteza.

Segundo jogo consecutivo do Sporting no Minho, que depois de vencer em Moreira de Cónegos sai vencedor do D. Afonso Henriques, ficando, à condição, a três pontos da liderança. Depois de dois triunfos o V. Guimarães voltou a perder. Demonstrou que continua numa boa fase, mas não foi suficiente.

Castigo máximo anula Estupiñán

Com a sua posição a defender na tabela classificativa, o Sporting entrou mandão em Guimarães, assumiu sem reservas as despesas do jogo e chamou a si a posse de bola. A jogar no meio campo adversário, o conjunto de Rúben Amorim procurava soluções para penetrar no último reduto vitoriano.

O conjunto da casa soube agrupar-se para suster o ímpeto leonino, sabendo também depois ter lucidez nos momentos com bola. Ultrapassado o recolher inicial, o Vitória soltou-se e equilibrou os pratos da balança e até conseguiu ser mais perigoso do que o Sporting. Rochinha com um remate cruzado deixou o primeiro aviso, Estupiñán marcou ao minuto 23. André Almeida desbloqueou no meio campo, Gonçalo Inácio e Coates não se entendera, e o colombiano aproveitou para se enquadrar com a baliza adiantar os vimaranenses no marcador.

O encontro ficou tenso. Pepa e um seu adjunto foram expulsos, de uma assentada no espaço de dois minutos os centrais do Vitória foram amarelados e o Sporting cresceu no encontro. Despejou várias bolas na área, sendo que o setor mais recuado do Vitória ia anulando as intenções leoninas. Num dos principais lances Bruno Varela negou o golo a Slimani com uma mancha enorme quando o avançado rematou sem oposição.

Na sequência de um canto, em cima do intervalo, Gonçalo Inácio desviou o esférico contra o braço aberto de Alfa Semedo, dando origem a um castigo máximo. Entre protestos, Sarabia apenas  movimentou o penálti já nos descontos, remate forte e colocado, a levar o jogo empatado para o período de descanso.

Paulinho e Edwards: dois momentos de requinte

As incidências da primeira parte levaram a que o segundo tempo fosse diferente. Desconfiado, o Sporting entrou menos incisivo. Motivado, o V. Guimarães acreditou que podia dividir o encontro olhos nos olhos. Resultado desta conjuntura, a parte complementar do encontro foi mais aberta com lances de perigo de parte a parte.

Desta feita entrou melhor o Vitória, mais pressionante e a ter conforto com bola no ataque. Teve de ser o Sporting a recompor-se e a adaptar-se às circunstâncias. Soube fazê-lo com equilíbrio, não sendo tão avassalador no domínio, mas conseguindo até mais lances de perigo. Já com Paulinho como referência ofensiva, após a saída de Slimani, o avançado desperdiçou duas ocasiões soberanas. Depois do desperdício a resolução. Já com Pote em campo o avançado aproveitou um bom passe para marcar de letra a vinte minutos dos noventa. Belo golo de Paulinho, a operar a cambalhota no marcador.

O Vitória ainda respondeu, reagiu à desvantagem sem grande organização mas com muita crença. Num lance entre Adán e Jorge Fernandes pediu-se grande penalidade, Veríssimo mandou seguir e nos descontos, para arrumar com a questão Edwards estreou-se a marcar com a camisola dos leões. Grande golo, com o pé direito, a não dar hipóteses, fechando assim o jogo. Triunfo dos leões, que tiveram de passar por vários momentos, mas resistiram e conquistam os três pontos.

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