V. Guimarães-Paços Ferreira, 0-0 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio D. Afosno Henriques
1 abr 2023, 20:08
V. Guimarães-P. Ferreira

Conquistadores e castores anulam-se no D. Afonso Henriques

Em lutas diferentes, Vitória de Guimarães e Paços de Ferreira anularam-se na tarde deste sábado no D. Afonso Henriques. Os dois emblemas empataram sem golos num embate que, para lá de alguns momentos de frisson junto das balizas, esteve longe de deslumbrar.

Depois de um jogo equilibrado, Marafona foi expulso a dez minutos dos noventa ao protestar a cartolina amarela inicial por retardar a reposição da bola em jogo. De cabeça perdida, acabou expulso amordaçou um Paços que até estava em crescendo no jogo.

Mas, apesar do sufoco final, até foi o Paços a dispor da derradeira oportunidade do jogo com uma bomba de Nigel Thomas num dos últimos lances do encontro, já depois de ter dois golos anulados durante encontro. Contas feitas, um ponto para cada lado que não serve as intenções de ninguém. O Vitória tem o quinto posto em risco, enquanto que o Paços não consegue fugir ao Marítimo.

Paços sacode a pressão e atira-se à vida

Tentou entrar forte o V. Guimarães, para reagir aos dois desaires consecutivos nos últimos jogos. Teve ímpeto a equipa de Moreno, esteve melhor nos instantes iniciais, em que conseguiu vários lances de bola parada e alguns cruzamentos para a área. Um remate ao lado de Safira, em que estava fora de jogo, foi o máximo que conseguiu.

Mas, rapidamente o Paços de Ferreira sacudiu a pressão e não se escusou a igualar forças no terreno de jogo. O conjunto de César Peixoto demonstrou personalidade e, para além de estancar a iniciativa atabalhoada do adversário, conseguiu organizar-se e criar momentos de perigo, lançando a dúvida no D. Afonso Henriques.

Órfão de várias unidades – Bruno Varela, Jorge Fernandes, Ibrahima Bamba, André Amaro, Zé Carlos e André André – o Vitória apareceu com uma linha de quatro defesas, reagrupou-se a três e a realidade é que sentiu dificuldades. Num dos últimos lances da primeira parte os pacenses deixaram um sério aviso: Guedes chegou a marcar, mas foi assinalado fora de jogo a Hernâni no decorrer da jogada.

Encaixe técnico até Marafona perder a cabeça

A evolução do cronómetro na segunda metade não trouxe domínio vincado de qualquer uma das equipas. Percebeu-se que nenhuma delas estava completamente confortável no jogo, sem fibra nem genialidade para traçar rasgos na monotonia em que o jogo se estava a tornar. Apenas os bancos podiam dar algum crédito a este jogo de parte a parte.

Moreno e César Peixoto, que foram colegas de equipa no Vitória, foram testando novas unidades em campo procurando dar um abanão no jogo. Sem sucesso. Em jogo de parada e resposta, Vitória e Paços foram tando alguns lances de frisson, mas ninguém teve capacidade para decidir. A expulsão de Marafona, ao minuto oitenta, ainda desnivelou a reta final do encontro. O experiente guarda-redes viu amarelo por retardar a reposição de bola em jogo, protestou e foi expulso, travando um Paços que até estava em crescendo.

Cerco completo do Vitória à baliza do Paços, os castores agarraram-se como puderam ao empate, perante um conjunto da casa com um domínio que não tinha tido até então. Entre cruzamentos, cabeceamentos ao lado e tentativas de remate não deu para abanar as redes. Seria um castigo demasiado pesado para os castores. A bomba de Nigel Thomas, a fazer abanar o travessão no último lance do encontro, apenas prova isso.

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