Petit: «Respeitamos o Vitória, mas somos o Boavista»

28 dez 2021, 16:46
Boavista-Sp. Braga

«Axadrezados» não vencem em Guimarães há vinte anos, mas Petir espera uma «boa resposta» da sua equipa

Petit pretende «dar continuidade» à evolução do Boavista com uma «boa resposta» esta quarta-feira na visita ao Estádio do Vitória de Guimarães, onde não vence há vinte anos, em partida da 16.ª jornada da Liga.

«Respeitamos o adversário, mas somos o Boavista e queremos impor-nos, sabendo que vamos passar por vários momentos no jogo. Focámos estes dias no trabalho sobre o Vitória e queremos dar uma boa imagem», frisou o técnico, em conferência de imprensa.

Os «axadrezados» igualaram a melhor sequência em 2021/22, ao quebrar um ciclo de onze jornadas seguidas sem vitórias na Liga ante o Moreirense (1-0), após selarem o inédito acesso à Final Four da Taça da Liga com uma goleada sobre o Sp. Braga (5-1).

«O Vitória é muito forte a jogar em casa. Tem tido algumas desvantagens no início dos jogos, mas, depois, consegue recuperar. Sabemos que tem processos bem definidos e também conheço bem o seu treinador, que tem feito um bom trabalho com a qualidade daqueles jogadores. Contudo, olhamos mais para o que temos e podemos fazer», notou.

Os minhotos estão impedidos de utilizar o inglês Marcus Edwards, Ricardo Quaresma e Gui, todos com resultados positivos para o novo coronavírus, que provoca a covid-19, nos dias seguintes ao Natal, motivo que também privou o Boavista do montenegrino Ilija Vukotic.

«É importante esta pausa para estarmos com os nossos familiares e refrescarmos a cabeça, mas o foco esteve sempre no trabalho. Encontrei o grupo com boa disposição e preparámos este jogo contra um adversário de qualidade, boas dinâmicas e complicado. Alguns não podem jogar, mas o Vitória está recheado de bons jogadores», advertiu Petit.

Pedro Malheiro e Miguel Reisinho, ambos lesionados, são outras «baixas» confirmadas, além do brasileiro Nathan, suspenso, enquanto as recuperações do iraniano Alireza Beiranvand, do espanhol Javi García e do curaçauense Kenji Gorré suscitam dúvidas.

O Boavista ainda pode contar em Guimarães com Yusupha, convocado pela seleção da Gâmbia para a Taça das Nações Africanas de 2021, a decorrer de 9 de janeiro a 6 de fevereiro de 2022, nos Camarões, após ter sido adiada devido à pandemia de covid-19.

«Os treinadores gostam sempre de ter os atletas disponíveis. O Yusupha está num bom momento e a atravessar aquilo que pretendemos dele e acredito que pode dar. Vamos perdê-lo, mas teremos de arranjar soluções no plantel. Se isso acelera ida ao mercado? Enquanto não vierem reforços, tenho de valorizar o que tenho dentro de casa e tirar o melhor rendimento individual para o coletivo ser forte. É a minha preocupação», referiu.

O Boavista não vence na Cidade Berço para a Liga desde abril de 2001 (2-1), quando Petit, então com 24 anos, era unidade influente no meio-campo dos «axadrezados», que viriam, um mês depois, a conquistar o único título de campeão nacional da sua história.

«O nosso trabalho também passa por tentar o melhor partido dos jovens. Fui ver o último jogo dos juniores e há alguns jogadores de qualidade. Sou um treinador que não tem qualquer problema em apostar nos jovens. Quando tiverem a oportunidade, terão de agarrá-la e estar prontos. Alguns vêm pelas escadas, outros de elevador, mas têm evoluído dentro da ideia e dinâmicas da equipa e das variantes do sistema», concluiu.

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