Sporting falhou todos os pagamentos de Ruben Amorim e deve 12,3 milhões ao Sp. Braga

15 abr 2020, 19:34
Apresentação de Rúben Amorim no Sporting (André Kosters/Lusa)

Sexta-feira vence o limite para pagar a multa e dívida aumenta para 13,8 milhões

O Sporting falhou todos os pagamentos da transferência de Ruben Amorim e deve ao Sp. Braga 12,3 milhões de euros neste momento. No entanto, e a partir da próxima sexta-feira, termina também o prazo limite para pagar a multa de dez por cento (mais IVA) estipulada no contrato e a dívida aumenta por isso para 13,82 milhões de euros.

Mas por partes. Antes de mais importa dizer que no contrato celebrado por Sporting e Sp. Braga, relativo à transferência de Ruben Amorim, havia um prazo para pagar a primeira tranche (mais IVA) até 6 de março. No contrato, porém, havia também uma moratória concedida pelo Sp. Braga que permitia ao Sporting liquidar essa tranche inicial até ao dia 30 de março.

Se o Sporting não o fizesse, no dia 30 de março vencia a primeira tranche e automaticamente, como penalização, vencia também a segunda tranche. Nesse dia, portanto, o Sporting ficou a dever 12,3 milhões de euros ao Sp. Braga. A SAD arsenalista, dois dias depois, no dia 1 de abril, contactou a SAD leonina e interpelou-a a fazer o pagamento.

Ora a partir dessa data entrou em vigor uma nova cláusula do contrato celebrado entre as duas partes que previa uma penalização de dez por cento sobre todos os valores em falta: ou seja, o Sporting teria de pagar os 12,3 milhões da transferência, mais 1,23 milhões de euros de penalização. Essa punição tinha 15 dias para ser liquidada.

Os quinze dias vencem na próxima sexta-feira, pelo que a partir desse dia o Sporting fica a dever 13,812 milhões de euros. O Sp. Braga promete levar esta dívida até às últimas consequências, lembrando que o incumprimento do Sporting, por ser uma dívida a outro clube, poderá implicar que lhe seja negado o licenciamento da Liga para 2020/2021 e da UEFA para 2020/2021.

Entretanto, e segundo soube o Maisfutebol, o Sporting não desmente estes valores, mas lembra que vivemos tempos de enorme exceção: cortou os salários dos jogadores em 40 por cento, da administração em 50 por cento e enviou 85 por cento dos trabalhadores em lay-off. Isto porque os próprios fornecedores da SAD leonina têm suspendido os pagamentos.

Nesse sentido, e por um ato de gestão relativamente a uma situação única no mundo, provocada pelo Estado de Emergência, o Sporting suspendeu também os pagamentos aos fornecedores, defendendo que os prazos dos contratos têm de ser revistos. O Sp. Braga, esse, não aceita estas explicações e lembra que o primeiro pagamento venceu antes do Estado de Emergência.

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