Sporting-Sp. Braga, 1-1 (crónica)

Diogo Marques , Estádio José Alvalade
5 out, 21:18

Quem arrisca, não petisca...

Um arranque a meio gás e um golo que foi sinónimo de «faro» são os adjetivos perfeitos para os primeiros 20 minutos de jogo, em Alvalade. O lance de Suárez não galvanizou o leão, que teve muitas dificuldades para conter o ímpeto ofensivo dos bracarenses até ao apito do árbitro.

O segundo tempo trouxe uma asfixia ainda mais inesperada para os lados do Sporting, que viu o adversário criar diversas situações de perigo e que levaram, inclusive, a alguns assobios vindos das bancadas. Ora, como quem arrisca não petisca, o verdadeiro balde de água fria chegou em cima do apito final do árbitro. Zalazar não tremeu e converteu com sucesso o castigo máximo.

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O calendário apertado e os jogos a meio da semana para as competições europeias obrigaram os dois treinadores a muitas mudanças nas equipas, sendo que Rui Borges fez cinco alterações e voltou a dar a titularidade a alguns dos jogadores mais utilizados desde o início da Liga. A grande surpresa acabou por ser a ausência de João Simões das opções para o encontro, após ter recebido rasgados elogios do técnico, após a derrota por 2-1 diante do Nápoles

Do outro lado, Carlos Vicens também mexeu em quatro peças e lançou de início a experiência de João Moutinho e a irreverência de Rodrigo Zalazar.

O encontro começou algo morno, com um ligeiro ascendente dos leões, que tiveram em Geovany Quenda a primeira oportunidade de golo. Um pontapé de fora da área, que obrigou Hornicek a uma defesa atenta.

Ora, teve de se esperar até ao minuto 20 para mais um lance de perigo junto de uma das áreas, mas desta vez com maior eficácia. Pedro Gonçalves fez o que quis do lado esquerdo do ataque e acabou por ser feliz no momento de cruzar. A defensiva bracarense pecou pela passividade e já se sabe que quando se dá espaço ao colombiano, ele aproveita.

Enorme explosão de alegria nas bancadas e mais um para a conta pessoal do camisola 97 leonino, de pé esquerdo e sem qualquer hipótese para o guarda-redes.

Curiosamente, o que se assistiu até ao intervalo não foi uma galvanização da equipa da casa, mas sim uma resposta «guerreira» dos visitantes. O Sp. Braga pressionou o adversário no próprio meio-campo e, apesar de não ter criado grandes situações de perigo, colocou em sentido a defensiva do bicampeão nacional.

As duas equipas regressaram aos balneários com um burburinho no ar, face às claras dificuldades que os leões demonstraram na parte final do primeiro tempo. Carlos Vicens foi o único a mexer para os segundos 45 minutos e lançou Fran Navarro para o lugar de Pau Victor.

Contrariamente ao que tinha acontecido no arranque da primeira parte, as duas equipas entraram frenéticas em campo e foram diversas as ocasiões de golo, com claro destaque para Leonardo Lelo, que ainda deve estar para perceber como falhou o remate aos 54 minutos.

Zalazar arrancou pelo corredor direito e cruzou rasteiro, com a bola a percorrer toda a área antes de chegar ao pé esquerdo do ex-Casa Pia. Entre os postes, Rui Silva só teve tempo para sacudir a bola e evitar o golo do empate para os bracarenses. A verdade é que os bracarenses voltaram a instalar-se no meio-campo adversário e os assobios nas bancadas demonstravam a intranquilidade vivida pelos comandados de Rui Borges dentro de campo.

Perante esta situação, Rui Borges foi ao banco buscar o seu «abre-latas» de eleição e Alisson foi fazendo o que bem lhe apetecia do lado esquerdo do ataque. Sem um lateral de raiz pela frente, o extremo brasileiro tirou vários coelhos da cartola e por pouco não foi feliz.

Só que o verdadeiro golpe de teatro estava guardado para o período de compensação do segundo tempo, quando Hjulmand cometeu falta dentro da área e permitiu ao Sp. Braga beneficiar de uma grande penalidade. Zalazar não tremeu e finalizou para o 1-1.

Resta agora saber se o «Clássico» complica ou não ainda mais as contas ao leão...

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