Sporting-Rio Ave, 3-0 (crónica)

David Marques , Estádio José Alvalade, Lisboa
13 ago 2022, 22:38
Sporting-Rio Ave (Lusa)

Asfixia e a melhor versão de Pote descomplicam o que quase nunca pareceu complicado

O Sporting voltou a ser neste sábado aquilo que fora nos últimos dois anos: uma equipa sóbria, equilibrada em todos os setores e quase intransponível para os adversários.

Há que dizê-lo, porém, que o leão iniciou de mansinho a primeira de 17 caçadas da Liga em Alvalade. Talvez porque estivesse preocupado em manter os equilíbrios que lhe faltaram há seis dias em Braga. E/ou pela forma organizada com que o Rio Ave se apresentou em Alvalade sobretudo nos 20 minutos iniciais.

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A equipa de Luís Freire assentou a estratégia numa defesa a cinco, mas a tentar (sublinhamos, a tentar!) não defender em cima da linha da grande-área de Jhonatan. Quando teve a bola, procurou circular com critério.

Procurou, sublinhamos.

É aqui que entra a importância de Amorim ter, como teve neste sábado, o melhor meio-campo à disposição. E o melhor, até prova em contrário, tem Ugarte com Matheus Nunes. Foi neles que esbarraram ora os passes dos defesas para os médios, ora as tentativas de os médios fazerem a bola chegar ao ataque.

Asfixia.

Lá na frente, as ligações de Pote e a mobilidade de Edwards a cair para um corredor direito bem oleado com combinações entre o inglês, Trincão e Porro começava a deixar à vista os alicerces não muito sólidos de um Rio Ave de boas intenções mas que ia sendo cada vez menos eficaz no controlo dos adversários e acumulava erros forçados e não forçados.

O 1-0, marcado por Pote já depois da hora de jogo, poderia ter chegado uns minutos mais cedo: quando o 28 do Sporting falhou na cara de Jhonatan ou quando aquele remate de Trincão tirou tinta do travessão.

Esse golo descomplicou um jogo que, na verdade, até já nem estava muito difícil para os lisboetas. Mas, claro, que podia complicar-se pela impaciência gerada quando os golos nunca mais chegam.

Talvez por ver a equipa cada vez mais curta no terreno, Luís Freire mudou três à passagem da hora de jogo, mas o domínio do Sporting continuou a ser acentuado. Não havia volta a dar.

O golaço de Matheus Nunes ao minuto 67 deu conforto absoluto à equipa da casa e embalou-a para uma grande reta final de jogo. Pote, aparentemente de regresso à sua melhor versão, fechou as contas aos 75 minutos, mas o resultado até poderia ter atingido outros números numa noite em que o Sporting deu uma cabal prova de força e somou, ao segundo jogo, a primeira vitória na Liga 2022/23.

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