Sporting-P. Ferreira, 3-0 (crónica)

Adérito Esteves , Estádio José Alvalade, Lisboa
29 dez 2022, 23:09

Houve tanto Pelé em Alvalade

Pelé.

Uma linha só para ele.

Provavelmente, a primeira figura global do jogo. Um daqueles jogadores a que nenhum adepto fica indiferente. É impossível.

Por isso, se o futebol é hoje o que é, deve-se a figuras como Edson Arantes do Nascimento.

Pelé é futebol no Brasil, que chora a morte do Rei.

Mas Pelé é também futebol em Alvalade, onde o Sporting homenageou o Rei. Primeiro com um minuto de silêncio, e depois com aquilo que mais o eternizou: golos.

Houve Pelé na forma inesperada como Pedro Porro surgiu a planar na pequena área do P. Ferreira logo no segundo minuto do jogo.

Mas nem Pelé faria a abordagem ao lance que fez Jordi. Sim, porque consta que Pelé chegou a ser guarda-redes e nunca sofreu um único golo.

Depois, houve Pelé na velocidade do contra-ataque lançado por Pedro Gonçalves, houve Pelé na assistência altruísta de Edwards e, claro, houve Pelé naquele toque simples de Nuno Santos para o fundo da baliza no 2-0.

Houve tanto, mas tanto Pelé no pé esquerdo de Trincão, que não marcou, mas encantou no um para um.

E o que foi o descaramento de Porro a tirar Antunes da frente e a cruzar para o golo de Paulinho, senão Pelé em estado puro?

Até nas lágrimas do jovem Essugo após a expulsão já perto do fim esteva Pelé. Porque foi a paixão pelo jogo de um menino de 17 anos que o fez fazer aquela falta imprudente.

Pelé esteve em cada aplauso. Em cada festejo. Em cada momento da festa com que o Sporting se despediu de 2022, com a sétima vitória consecutiva.

Porque onde houver uma bola de futebol, haverá sempre Pelé.

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