Inácio tapou com a manta, mas Pote ficou com os pés de fora
A figura: Gonçalo Inácio
Encontrar o melhor elemento do Sporting chega a ser um exercício ingrato neste Clássico. Porém, a escolher um leão em melhor plano, esse terá de ser Gonçalo Inácio. Num jogo de elevado grau de dificuldade, em que o trabalho de um central nem sempre é bonito, Inácio controlou bastante bem o possante Luuk De Jong. Utilizava os braços para desequilibrar o avançado e nunca o deixava criar real perigo. No lance do golo do neerlandês, faltou a cobertura de um colega. No ataque ainda descobriu Mangas com um grande passe, no início do 2-1, mas a resposta do Sporting falhou a nível coletivo.
O momento: auto-golo de Nehuén Pérez, aos 75m
Depois de dois golos do FC Porto à velocidade da luz, o Sporting demorou alguns minutos a reencontrar-se em campo. Talvez no primeiro momento em que conseguiu ter a bola durante mais tempo, os leões remeteram o FC Porto para trás e descobriram espaço para o golo. Inácio levantou bem para Mangas, este desviou em esforço para uma zona proibida e os centrais atrapalharam-se. Foi um lampejo de esperança.
Nehuén Pérez na própria baliza fez o resultado final em Alvalade! 🔥#sporttvportugal #LIGAnasporttv #ligaportugalbetclic #SportingCP #FCPorto #betanolp pic.twitter.com/gx4OoXW0pp
— sport tv (@sporttvportugal) August 30, 2025
Outros destaques:
Pote: um destaque pela negativa. Voltou a ocupar a posição de extremo-esquerdo, sempre a procurar terrenos mais interiores. Na primeira parte, falhou as duas chances soberanas de golo dos leões. Primeiro, na definição de um três para um – perdeu tempo de remate e deixou que Alberto Costa intercetasse. Depois, falhou a baliza de primeira no coração da área, perto da marca de grande penalidade. Na segunda parte, no golo de De Jong, deixou a meio o acompanhamento a Alberto Costa.
Geny Catamo: o elemento mais desequilibrador do ataque leonino, a explorar a profundidade nas costas de Francisco Moura, talvez o mais limitado dos dragões. Ficou a pedir penálti num lance dividido com o ala portista, a fechar a primeira parte.
Luis Suárez: jogo muito esforçado do avançado colombiano contra uma dupla de centrais mais possantes do que ele. Sempre que tinha uma nesga de espaço, tentava o remate. Porém, havia alguém a bloquear. Se não era o defesa, Diogo Costa travava o tiro (e que tiro aos 85 minutos, de pé esquerdo).
Morten Hjulmand: mais um jogo seguro do médio-centro e farol do Sporting. Importante num jogo em que os médios foram, acima de tudo, gladiadores de parte a parte, com muitos duelos. Talvez vá para casa a pensar naquele remate mal executado nos últimos cinco minutos. Tinha tempo e espaço para fazer melhor.