Não é Robben, nem Yamal... o nome dele é William Gomes
A figura: William Gomes
Chegou pela porta pequena na temporada passada, algo incógnito, mas tem vindo gradualmente a ganhar o seu espaço. Com a lesão de Pepê jogou na ala direita, a cortar para dentro, e foi sempre acutilante e ágil. Na primeira parte faltava a melhor pontaria nos remates, mas na segunda... fez algo digno de museu. Um finesse shot a fazer lembrar Arjen Robben ou, mais recentemente, Lamine Yamal. Sem realizar um jogo brilhante, ao recordarem-se deste Clássico, todos os adeptos vão lembrar-se da noite em que William Gomes se apresentou ao futebol português.
O momento: golo de William Gomes, 64m
Ainda toda a gente se recompunha do 1-0, marcado por Luuk De Jong na sequência de um belo movimento coletivo, e William Gomes decidiu assinar um dos melhores golos do passado recente destes Clássicos. Na primeira parte, tinha ensaido o remate de fora da área. Aos 64m, desferiu um remate em arco perfeito para o ângulo mais distante. Os adeptos do Sporting ficaram em silêncio e, por breves instantes, Alvalade soava ao Dragão.
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— sport tv (@sporttvportugal) August 30, 2025
Outros destaques:
Rodrigo Mora: se não fosse a lesão súbita de Gabri Veiga, talvez não tivéssemos testemunhado a classe de Mora em Alvalade. Assumiu o lugar do espanhol, como interior esquerdo, uma posição mais recuada do que o habitual, mas fê-lo com mestria. Foi dos pés dele que surgiram alguns lance desequilíbrio no lado direito da defesa leonina e sempre com aquele ‘je ne sais quoi’ de craque. Apesar dos 18 anos, faz a diferença no ataque e ainda mostrou nervo a defender.
Alberto Costa: acima de tudo, fiável tanto a defender como a atacar, com pragmatismo. Efetuou um grande corte na sequência de uma das melhores chances leoninas, tendo recuperado meio-campo em sprint e intercetado um remate de Pote. Foi muito acarinhado pelos colegas. Na segunda parte, surgiu junto à linha de fundo para assistir bem Luuk de Jong. Ganhou muitos duelos com Ricardo Mangas. Exibição para o selecionador Roberto Martínez ter em conta.
Jan Bednarek: um patrão na defesa portista a fazer lembrar Pepe. Imponente nos duelos, eficaz com a bola nos pés e nunca parece stressado. Controlou bem a linha defensiva e foi algo infeliz no lance do auto-golo de Nehuén Pérez.
Victor Froholdt: já fez exibições mais espetaculares de azul e branco, mas foi uma peça essencial para a vitória, sobretudo pela omnipresença no meio-campo. Oferece soluções de passe, reage rápido à perda da bola e não acusou a pressão do primeiro Clássico.