Sporting-Casa Pia, 3-1 (destaques)

David Marques , Estádio José Alvalade, Lisboa
22 out 2022, 23:23
Nuno Santos fez o 2-1 no Sporting-Casa Pia

Reviravolta supersónica na canhota de Nuno

A FIGURA: Nuno Santos

Está a atravessar um momento de tremenda confiança, visível (também) na forma como arranca cruzamentos de letra para a área contrária. Foi dele o momento alto da noite: um golaço de pé esquerdo num remate de primeira que virou o jogo dois minutos depois do empate. De resto, a entrega e a acutilância do costume pelo corredor canhoto.

O MOMENTO: golo de Paulinho. MINUTO 57

A vantagem do Casa Pia até quase à hora de jogo explicava-se de forma simples: o leão esbanjara demasiado. Paulinho, que Amorim disse em tempos ser o melhor avançado português, tem caído muitas vezes das opções iniciais desde a época passada e em 2022/23 o técnico dos leões tem apostado num tridente atacante mais móvel. Prejudicial? Neste sábado, Paulinho precisou de três minutos em campo para iniciar a reviravolta.

 

OUTROS DESTAQUES:

Porro: voltou às boas exibições com a camisola do Sporting e foi por ele quem indicou o caminho para a vitória após o regresso dos balneários. O 1-0, de Paulinho, surge numa recarga a um remate dele com o pé esquerdo e foi ele a assistir Nuno Santos para o 2-1. Ainda procurou o golo. E bem que o teria merecido.

Paulinho: quando as duas equipas regressaram para a segunda parte percebeu-se que era uma questão de minutos até o 20 do Sporting ir a jogo. Entrou aos 54 minutos e aos 57 fez o 1-1. Não é um avançado tipicamente fixo, mas é o mais próximo disso que Amorim tem no plantel, e as suas características abriram espaços para outros jogadores. O Sporting foi melhor durante todo o jogo: depois da entrada de Paulinho, foi muito melhor.

Pote: premiu o gatilho várias vezes na primeira parte, mas não foi feliz. Na segunda parte cresceu, como toda a equipa de Ruben Amorim. Aos 52 minutos ameaçou o golo, que chegou mais tarde (3-1) na conversão de um penálti.

Chico Lamba: estreou-se numa ficha de jogo da equipa principal do Sporting e acabou por entrar no arranque da segunda parte, para o lugar do lesionado Marsà. Começou por ter dificuldades para travar Godwin, mas não tardou a «afinar». Mais uma estreia de um produto de Alcochete.

Clayton: pode não ser um portento de técnica, mas colocou à disposição da equipa de Filipe Martins uma capacidade de combate difícil de igualar para os defesas do Sporting (sobretudo por Marsà, o homem do meio), protegendo bem a bola quando ela lhe chegou em condições. Acertou no poste esquerdo da baliza de Adán, naquele que foi um aviso que a defesa leonina não terá levado muito a sério, já que a fechar a primeira parte inaugurou o marcador depois de escapar em velocidade a Marsà, que estava limitado fisicamente. Nos minutos iniciais da segunda parte esteve perto do bis, antes de sair de cena quando o Sporting já vencia por 3-1.

Ricardo Batista: o veterano guarda-redes – que há mais de uma década chegou a passar pelo Sporting – fez uma enorme primeira parte, na qual efetuou pelo menos três defesas de elevadíssimo grau de dificuldade. Na segunda parte, a pressão dos leões acentuou-se e a pontaria também melhorou. No 1-1 de Paulinho ainda voou para negar um golaço a Porro, mas a bola continuou viva para a finalização do avançado.

Godwin: na antevisão ao jogo, Ruben Amorim bem avisou para a vertigem do extremo nigeriano. A defesa do Sporting começou por anulá-lo bem, mas ele ainda fez a diferença com uma grande assistência para o golo que colocou os casapianos a vencer. No regresso do intervalo, parecia ser por ali que a equipa de Filipe Martins poderia ferir um Sporting cada vez mais balanceado para o ataque. Ainda ensaiou duas boas arrancadas, mas ficou-se por aí, muito por culpa da incapacidade dos gansos em fazerem chegar-lhe a bola.

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