Santa Clara-Sporting, 1-2 (crónica)

Rui Pedro Paiva , Estádio São Miguel
8 out 2022, 17:37

Morita abre caminho, Adán segura vitória

O Sporting venceu o Santa Clara por 2-1, nos Açores, num jogo que não vai deixar saudades a ninguém. O Sporting dominou, o Santa Clara só acordou na reta final do jogo e dois dos golos foram apontados após os 90 minutos.

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Mas vamos por partes. Comecemos pelo inicio. Jogo grande nos Açores. Nas imediações do estádio, acumularam-se as filas intermináveis de pessoas, por entre carros estacionados por todo o lado. Nem a chuvinha constante afastou os adeptos açorianos do estádio.

Se o Sporting partiu para o jogo após uma derrota pesada para a ‘Champions’ (4-1 frente ao Marselha), o Santa Clara não chegou a este encontro em melhor estado. Além do arranque atribulado, os açorianos foram a jogo com nove ausências, obrigando Mário Silva a coser uma manta de retalhos para enfrentar os ‘leões’, marcada por várias adaptações e estreias.

Dentro de campo, o encontro começou com o ritmo baixo, com o Sporting a dominar a posse de bola, mas com dificuldades em penetrar no último terço do terreno. O jogo só animou aos 18 minutos, quando Soares Dias assinalou penálti por alegada falta de Gabriel Silva sobre Nuno Santos. O árbitro, contudo, depois de ir ver as imagens, desfez a decisão.

O jogo prosseguiu com a mesma tónica: uma partida mastigada, com um Santa Clara apenas focado na missão defensiva e um Sporting paciente, a trocar a posse de bola, mas com dificuldade em encontrar brechas na muralha insular. A paciência dos leões iria dar frutos. Aos 29 minutos, jogada pelo corredor central, remate de Edwards, defesa de Gabriel Batista e Morita, na recarga, cabeceou para o fundo das redes. O velho Tsubasa dos Açores, agora transformado no Samurai de Alvalade, a marcar frente à sua antiga equipa – por respeito, não festejou.

O golo não mudou a dinâmica do encontro. Um jogo pobre, sem grande história. O Sporting com mais bola, mas sem impor intensidade. Um Santa Clara, muitas vezes com todos os jogadores atrás da linha da bola, desnorteado dentro de campo. A primeira parte acabou com o Sporting com mais de 70 por cento de posse de bola.

Açorianos crescem, Adán determinante

No segundo tempo, num minuto, o Santa Clara fez mais do que em toda a primeira parte. O recém-entrado Tagawa furou pela defensiva leonina e rematou para uma defesa apertada de Adán. Foi o primeiro remate dos açorianos no jogo. Mas foi sol de pouca dura. Rapidamente, o encontro voltou ao domínio apático do Sporting.

Num jogo disputado a um ritmo muito baixo, ficava a ideia de que bastava aos leões acelerar um pouco para criar perigo. Assim foi aos 56 minutos, quando Edwards furou pela defesa açoriana, ultrapassando vários adversários, mas rematando ao lado.

Mário Silva mexeu, colocando em campo Allano e Andrezinho. O Santa Clara apareceu mais solto, mas continuou com dificuldades em criar oportunidades de golo. Aos 68 minutos, Ricardinho rematou fora da área, para defesa atenta de Adán.

Os açorianos, até com alguma abnegação, procuraram algumas investidas junto da baliza contrária, e mesmo sem grande inspiração, causaram alguns calafrios à defesa leonina. Aos 84 minutos, Adán foi chamado a salvar a equipa com uma grande defesa a remate de Bruno Almeida.

Aos 90 minutos, o Sporting resolveu o encontro por Nuno Santos, que, através de um remate fora da área, após um canto, rematou para o fundo das redes, num lance em que Gabriel Batista ficou mal na fotografia.

Mas o jogo não iria terminar sem o golo do Santa Clara. Aos 90+5 Tagawa ainda marcou para a equipa da casa. Não foi muito mais do que um tento de consolação. Logo a seguir ao golo, Soares Dias apitou para o final. Uma vitória por 2-1 para os leões, um resultado bem melhor do que a exibição.

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