Em Alvalade 2.0, os golos chegaram em «dose dupla»
Alvalade 2.0 teve uma estreia daquelas que ficam para mais tarde recordar. Os reforços trouxeram uma nova vida ao leão, que levou até aos adeptos um jogo bastante tranquilo, sobretudo após a expulsão de Nandín. Destaque claro para Ricardo Mangas, que além de ter «bisado», contribuiu para uma goleada «sem espinhas».
O segundo tempo ficou marcado por um domínio absoluto do Sporting e uma exibição ofegante de Luis Suárez, que fez de pé esquerdo um golo fabuloso e de levantar qualquer estádio. Mangas e Trincão estabeleceram a meia dúzia e pode dizer-se que não podia ter corrido melhor o regresso a uma casa onde o leão foi muito feliz nas últimas duas temporadas.
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Casa nova do leão e duas alterações no onze inicial, com destaque para a estreia de Ricardo Mangas a titular pelo Sporting. As bancadas pintadas de verde e, certamente, ainda com alguns lugares por colocar não impediram a adesão em massa dos adeptos para o primeiro jogo dos leões no Estádio José Alvalade.
O encontro começou dividido e com dois lances de contra-ataque que por pouco não davam em golo do conjunto da casa. Geny Catamo muito ativo pelo lado direito e com tentativas de cruzamento rasteiro, mas em ambas as ocasiões foi mal sucedido, já que não encontrou destinatário.
Só que a pressão leonina acabou por dar frutos e através de um dos reforços para a nova temporada. A desmarcação de Luis Suárez foi perfeita e acabou por cair dentro da área, levantando a possibilidade de uma grande penalidade. Enquanto isso, a bola chegou ao pé esquerdo de Ricardo Mangas, que rematou para o fundo da baliza e marcou pela primeira vez com a camisola do Sporting.
Melhor para Rui Borges só mesmo o que aconteceu à passagem da meia-hora de jogo. Na sequência de um pontapé de livre, Gonçalo Inácio caiu dentro da área e pediu-se penálti em todo o estádio. O árbitro começou por nada assinalar, mas após rever as imagens no monitor não só apontou para a marca dos onze metros, como decidiu também mostrar o cartão vermelho direto a Nandín.
Na conversão, Luis Suárez não tremeu e, à semelhança de Mangas, também se estreou a marcar pelo Sporting, com um remate rasteiro e completamente fora do alcance do guarda-redes.
Pouco antes do descanso, Francisco Trincão deu um ar da sua graça, ainda que tenha passado algo ao lado do jogo até então, com um remate à entrada da área e praticamente indefensável para João Valido.
O resultado manteve-se até ao intervalo e dos balneários veio mais uma cara nova para a temporada de 2025/26. Rui Borges lançou Vagiannidis para o lugar de Fresneda e o lateral grego mostrou serviço de imediato, ao evitar um remate perigoso à baliza de Rui Silva.
Seguiram-se mais motivos para sorrir em Alvalade e, de novo, com o joker de Rui Borges em destaque. Após desmarcação de Vagiannidis, o lateral grego cruzou rasteiro para o interior da área e lá apareceu o «bis» de Ricardo Mangas, para dar contornos de goleada a um resultado que já se adivinhava expressivo, sobretudo após a expulsão de Nandín.
Mas o momento da noite estava guardado para os 62 minutos. Ainda que o triunfo já não escapasse à turma de Alvalade, o trabalho de Luis Suárez na frente deixava ofegante até o mais tranquilo dos adeptos. Numa dessas arrancadas, o avançado colombiano recebeu dentro da área e atirou de pé esquerdo para o fundo da baliza, confirmando assim uma goleada importante para o bicampeão nacional.
A partir daqui o Sporting quis controlar mais o jogo e o técnico lançou peças frescas para o relvado. Ainda assim, acabou mesmo por ser Trincão, que até nem estava a realizar um jogo vistoso, a confirmar a «meia dúzia» para o conjunto da casa. Com alguma sorte à mistura, o internacional português voltou a faturar e dividiu o «bem pelas aldeias», com dois golos para cada um dos protagonistas.
Há novo líder na Liga, que é como quem diz, há novo «Rei na Selva».