Sp. Braga-Vizela, 2-0 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio Municipal de Braga
18 set 2022, 22:35
Sp. Braga-Vizela

Guerreiros para toda a obra: Vizela ao tapete na ressaca europeia

A contagem continua. Já são oito as vitórias consecutivas de um Sp. Braga que parece seguir imparável. A oitava vítima foi o Vizela num dérbi minhoto intenso que os bracarenses apenas conseguiram resolver na reta final. O herói foi o mesmo do jogo europeu, Vitinha. Saltou do banco para resolver o jogo (2-0) que foi selado por Ricardo Horta.

No embate de encerramento de sétima jornada da Liga os arsenalistas foram dominadores, como se esperava, colecionaram lances ofensivos, mas notou-se que nem sempre tiveram o fulgor já demonstrado. O jogo europeu a meio da semana teve o seu peso e foi preciso recorrer à artilharia do banco para amealhar os três pontos. Totalmente justos.

Com sete jornadas disputadas o Sp. Braga cimenta o segundo lugar, é o principal perseguidor ao Benfica e soma três pontos de avanço para o FC Porto, terceiro classificado. Uma maré positiva que teve mais um capítulo: mesmo num jogo em que as forças pareceram escassear, a equipa arranjou capacidades para vencer. Sexto jogo consecutivo sem vencer do Vizela, que até aguentou o sonho de pontuar até ao minuto 83. faltou o mais difícil.

Sentido único contra a ventilação

Neste contexto de vitória, a entrada em campo do Sp. Braga foi avassaladora. A equipa de Artur Jorge quis rapidamente resolver o jogo, colecionando momentos de ataque com relativo perigo junto da área vizelense. Combinações interessantes, muitos cruzamentos e uma pressão constante no meio campo adversário caracterizaram a entrada em campo do conjunto da casa.

Sofreu o Vizela, teve de correr atrás da bola, ocupou os espaços como pôde percebendo-se que a manta era claramente curta perante a alta rotação bracarense. Com meia dúzia de minutos cumpridos os homens de Álvaro Pacheco pareciam já estar na ‘red line’ no limite das suas capacidades físicas.

Implacável o trabalho arsenalista a impor sentido único ao jogo, não deixando o Vizela respirar. Somando vários lances passíveis de ser finalizados com sucesso, o Sp. Braga foi perdendo gás com o avançar do tempo de jogo. Foi aí que o Vizela respirou e até conseguiu aventurar-se em movimentações ofensivas. Mas, até esses lances eram um presente envenenado. Cada vez que o Sp. Braga recuperava a posse de bola saía a toda a velocidade, deixando o Vizela completamente descompensado.

Vitinha salta do banco e resolve. Ricardo Horta carimba

O intervalo serviu, precisamente, para que o Sp. Braga recuperasse o fôlego que começava a escassear na primeira metade. Notou-se nos últimos minutos um Vizela mais capaz de ombrear com os guerreiros. O descanso sentiu-se com o conjunto de Artur Jorge a voltar a entrar com a corda toda na segunda parte. Mais uma entrada forte, a fazer o Vizela sofrer.

Foi, contudo, um período de domínio mais curto. O jogo intenso de quinta-feira frente ao Union Berlin começou a fazer-se sentir. Não foi à toa que, com uma hora de jogo, o técnico bracarense operou três substituições em unidades nevrálgicas da equipa. Mudanças que, por entre o crescimento do Vizela, deu frutos.

Ao minuto 83 Vitinha tirou do pé direito o selo do triunfo com um remate de fora da área. Remate forte a bater a Buntic. Ricardo Horta, com um remate estrondoso já nos descontos, carimbou mais três pontos. Ao apito final seguiu-se um pedido speaker: “todos juntos no Dragão no dia 30 de setembro”. Na próxima jornada há um FC Porto-Braga.

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