Sp. Braga-Arouca, 2-0 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio Municipal de Braga
19 fev 2023, 19:57

Dezoito segundos na rampa de lançamento da pedreira

A reação do Sp. Braga à derrota europeia foi repentina. Com pressa de corrigir a trajetória, os arsenalistas bateram o Arouca na pedreira (2-0), com o golo do inaugural do encontro a ser apontado logo aos dezoito segundos do encontro por Abel Ruiz. Os guerreiros não desarmam do pódio: Banza confirmou o triunfo à entrada para os últimos dez minutos.

Com maiores ou menores dificuldades, adaptando-se às vicissitudes da temporada – por exemplo ao ciclo apertado de jogos – a equipa de Artur Jorge vai dando respostas, sabendo interpretar cada momento da época. Frente a um Arouca que está a bater à porta dos lugares europeus, os bracarenses, que estrearam Bruma a titular, foram compactos e letais.

Sem qualquer triunfo em Braga no histórico, o Arouca foi demasiado curto, ficou-se por alguns bons atributos e boas jogadas com bom toque de bola, mas sempre longe da baliza de Matheus, que praticamente não passou pro calafrios.

Reação em dezoito segundos

Após a derrota pesada sofrida frente à Fiorentina – 0-4 na quinta-feira em jogo da Liga Conferência – o Sp. Braga fez aquilo que tem vindo a fazer esta época: reagiu energicamente à adversidade e entrou em campo praticamente a vencer frente ao Arouca. Os pupilos de Artur Jorge precisaram apenas de dezoito segundos para abanar as redes, estipulando um novo recorde no que ao golo mais rápido diz respeito na presente edição da Liga.

Os bracarenses bateram o anterior recorde (22 segundos), que tinha alcançado precisamente pelo Sp. Braga no jogo da primeira volta, em Arouca. Bom trabalho de Abel Ruiz à entrada da área, tabelou com um colega com um toque de calcanhar e rematou forte de fora da área, sem hipóteses apara Arruabarrena.

Nas hostes arouquenses pairou, certamente, o filme do jogo disputado em Arouca, que terminou com um resultado muito desnivelado. 6-0 para os bracarenses, com um golo também nos segundos iniciais. O guião foi, contudo, ligeiramente diferente esta noite. Para lá do golo, o jogo foi dividido sem que se notasse claro ascendente de qualquer um dos conjuntos em campo.

Arouca com bola, mas sem destino

Durante grande parte do jogo o Sp. Braga teve o jogo perfeitamente controlado e ia até espreitando um segundo golo que desse mais tranquilidade. Em menor dose do que outros jogos, é certo, foi conseguindo aproximações à baliza de um Arouca que mostrou competência em vários momentos do jogo, mas a quem pareceu sempre faltar mais afinco na definição.

O evoluir do cronómetro fez os arsenalistas sentir nas pernas o desgaste do jogo europeu, e foi incrementando no Arouca a responsabilidade de lutar pelo resultado. O conjunto de Armando Evangelista teve vários bons momentos com bola, avançou no terreno e demonstrou qualidade, mas foram raríssimos os lances de perigo.

Pareceria faltar um destino à turma de Arouca, que caminhou, jogou e evoluiu, mas teve dificuldades em ter a baliza como foco. Manteve-se organizado o Sp. Braga, Artur Jorge foi refrescando a equipa para jogar também com os índices físicos dos seus guerreiros. Banza fez o segundo a dez minutos dos noventa e selou o triunfo bracarense. O Sp. Braga conseguiu aquilo que lhe competia: venceu de forma justa, e natural, mantendo-se de forma sólida no pódio.

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