Sindicato de Jogadores pede «respeito» pelos futebolistas na ponta final da época

29 abr 2022, 17:31
Cartão branco para a equipa técnica do GD Mangualde (AF Viseu)

Representantes dos jogadores alertam para multiplicação de casos de racismo, discriminação e violência verbal e física

O Sindicato de Jogadores emitiu um comunicado a pedir «bom senso» e «respeito» pelos futebolistas nesta ponta final da temporada, numa altura em que aponta alguns casos graves relacionados com racismo, discriminação, xenofobia e violência, física e verbal.

«Ao longo da presente época desportiva, mas principalmente nesta reta final, o Sindicato dos Jogadores tem assistido a permanentes conflitos, tensões e ataques absolutamente injustificados ao bom nome, profissionalismo e integridade dos jogadores», começa por dizer a nota.

O órgão representante dos jogadores pede, depois, que os casos que são públicos, não sejam depois silenciados. «O Sindicato tem chamado a atenção para a gravidade das ocorrências relacionadas com racismo, discriminação, xenofobia e violência, física e verbal, apelando ao fim do silêncio que na maior parte das vezes impera, com o assumir de responsabilidades por quem de direito», prossegue.

Numa altura em que os campeonatos vão ficando definidos, o sindicato apela, acima de tudo, ao bom senso das instituições. «Os jogadores exigem respeito a todos os intervenientes no futebol português, que tem faltado em diferentes momentos, seja no terreno de jogo seja no espaço público, assim como devem dar-se ao respeito, promovendo essa reciprocidade de tratamento. Todos os agentes desportivos, sem exceção, têm a obrigação de agir com bom senso, profissionalismo e respeito pelos demais. Quando isso não acontece, as suas condutas devem ser devidamente reportadas e escrutinadas pelos órgãos competentes», refere.

A terminar, o Sindicato de Jogadores exige uma mudança de comportamentos. «O Sindicato dos Jogadores reforça que o combate, não apenas à falta de respeito, mas à prática impune de crimes e violações constantes de direitos humanos, exige uma mudança comportamental dos intervenientes diretos e indiretos no jogo, o diálogo e a pedagogia, que tem de ser exercida por todos. A posição do Sindicato dos Jogadores será sempre clara, de apoio incondicional aos jogadores, independentemente dos acontecimentos, e disponibilidade para, de modo próprio ou a pedido destes, intervir e tomar todas as medidas que estejam ao seu alcance», acrescenta ainda.

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