Belenenses tem dez jogadores a estudar: «Não é ainda o número que queremos»

8 nov 2021, 17:32
Belenenses-Gil Vicente (fotos PAULO CUNHA/ LUSA)

Rui Pedro Soares, presidente da SAD, quer valorização de carreiras duais no futebol. Azuis vão pedir reunião com o Sindicato

O presidente da SAD do Belenenses, Rui Pedro Soares, defendeu esta segunda-feira a importância de criar condições e pediu mudança de mentalidades para que os atletas profissionais consigam realizar carreiras duais, concluindo cursos em simultâneo com a vida de futebolistas.

Dos 38 futebolistas inscritos na Liga, o Belenenses tem dez a frequentarem cursos universitários: Tomás Ribeiro, César Sousa, Diogo Calila, Luís Mota, João Monteiro, Chico Teixeira, Rafa Santos, António Montez, Henrique Pires e André Lopes.

Desta forma, Rui Pedro Soares anunciou que vai ser pedida uma reunião com o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) para potenciar e valorizar as carreiras duais na modalidade.

«Percebemos que há dificuldades, quando chegam à equipa principal, em manter um desempenho enquanto estudantes que lhes permita concluir o curso em pouco tempo. Vamos pedir uma reunião ao SJPF, que também valoriza a qualificação dos jogadores, e analisarmos em conjunto o que pode ser feito», afirmou o dirigente dos lisboetas, numa videoconferência de imprensa, esta segunda-feira.

Rui Pedro Soares realçou que os jogadores do Belenenses inscritos na Liga que estão em cursos universitários traduzem «um número significativo», mas sublinha mais ambição nesse aspeto. «Não é ainda o número que queremos atingir», disse, lembrando que, antes, «a qualificação dos jogadores era algo que tinham de esconder», pois «era mal visto e entendido como perda de tempo».

O dirigente pretende que estes casos «deixem de ser exceções e passem a ser uma boa regra». «Numa indústria conservadora, este é o futebol do futuro em que estamos inseridos. Sabemos que estamos na vanguarda do futebol português, também por termos a primeira ‘team manager’ [ndr: Mariana Vaz Pinto] do futebol profissional e por termos sido, na época passada, a equipa da I Liga que jogou com mais portugueses», frisou.

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