Rio Ave-Sporting, 0-1 (crónica)

Vítor Maia , Estádio do Rio Ave, Vila do Conde
6 fev 2023, 23:14

Quem não tem Paulinho, caça com Chermiti

Quem não tem Paulinho, caça com Chermiti. O jovem estreou-se a marcar ao segundo jogo a titular e deu o triunfo ao Sporting na visita a Vila do Conde, casa do Rio Ave (0-1).

Uma vitória arrancada a ferros dos leões numa partida difícil e nem sempre entusiasmante. Os verde e brancos reforçam assim o quarto lugar e continuam na luta pelo pódio enquanto os vila-condenses continuam numa série negra: não ganham há quase dois meses para todas as competições.

Matheus Reis substituiu o castigado Coates. Apesar de apenas ter feito uma alteação em relação à equipa que iniciou o jogo com o Sp. Braga (5-0), o Sporting não mostrou o mesmo rendimento. Longe disso. A primeira parte dos leões foi francamente fraca.

O Sporting sentiu sempre dificuldades para superar a pressão alta do Rio Ave. Os vila-condenses só se sentiram em sobressalto nas vezes em que perderam a bola na primeira fase de construção, permitindo a saída rápida do oponente. Ainda assim, os leões apenas ameaçaram o golo por Morita num pontapé ‘de ressaca’ à entrada da área.

Os vila-condenses tiveram o mérito de travar o adversário, mas revelaram-se uma equipa curta em campo. A espaços foram capazes de se aproximar da baliza de Adán ainda que tenham terminado o primeiro tempo sem qualquer remate enquadrado – um disparo de Samaris ao lado foi o mais próximo que se viu de uma oportunidade de perigo.

Não é, por isso, descabido escrever que o momento que entusiasmou mais as bancadas foi… um concurso ao intervalo. O espetáculo não foi brilhante no primeiro tempo, é necessário sublinhar.

A segunda parte foi ligeiramente melhor. Porquê? Desde logo teve emoção, algo que faltou na etapa inicial. Aos 53 minutos, St. Juste e Ugarte falharam, Boateng fugiu e só não marcou porque Adán fez uma defesa enorme.

Com as entradas de Trincão e Arthur, o Sporting melhorou ligeiramente embora tenha continuado a jogar num ritmo baixo e sem grandes ideias para superar a organização do conjunto de Luís Freire. Poderia, ainda assim, ter chegado ao golo não fosse o remate de Pedro Gonçalves ter batido na trave.

Amorim arriscou, colocou Jovane, que esteve quase fechado no Valladolid, no lugar de Esgaio. Meteu, como dizia Quinito, a carne toda no assador. A equipa não foi avassaladora, as dificuldades permaneceram, mas esta encontrou o caminho para o fundo da baliza contrária.

Numa altura em que o 0-0 parecia ser o resultado mais provável. Gonçalo Inácio rasgou as linhas do Rio Ave, Patrick William não conseguiu o corte e Chermiti, na cara de Jhonatan, fez o golo decisivo.

Amorim estreou ainda Bellerín e Diomande, os últimos reforços de «inverno» na tentativa de segurar a magra vantagem. O resultado manteve-se até final e o Sporting respirou fundo - salvo por Chermiti.
 
 

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