Arouca-Rio Ave, 0-1 (crónica)

12 nov 2022, 20:11

Aziz indica caminho para o primeiro triunfo além Arcos

Foi preciso esperar até à 13.ª jornada para que o Rio Ave conseguisse o primeiro triunfo fora dos Arcos nesta época. Tardou, mas chegou o dia e a vítima foi o Arouca (1-0), que interrompeu um ciclo positivo que durava há dois meses.

Com um golo de penálti de Yakubu Aziz, os vilacondenses somaram a segunda vitória consecutiva no campeonato, algo que também ainda não tinham conseguido. Já o jogo, ficou aquém do esperado e deixou a desejar sobretudo no que toca às ocasiões de golo, que foram raríssimas, uma situação que nem a mais pessimista das antevisões previa, dada a posição confortável que as duas equipas ocupam à partida para a paragem do Mundial.

FILME DO JOGO

Equilíbrio foi palavra de ordem na primeira parte, que prometeu muito, mas traduziu-se em pouco. O Arouca mudou cinco peças face ao onze que entrou em campo na goleada no início da semana em Barcelos, para a Taça, mas a equipa foi a mesma que alinhou de início no último jogo da Liga. Também o Rio Ave, já afastado da prova rainha, repetiu o onze do último fim de semana.

O jogo começou com ataques rápidos de parte a parte, sendo que o Rio Ave apostava em explorar as costas do Arouca com passes longos, enquanto os arouquenses respondiam com transições rápidas, assentes na capacidade de Antony desequilibrar a linha defensiva adversária e no drible de Bukia.

Depois dos primeiros minutos a um ritmo intenso, a qualidade de jogo caiu e apenas se viu uma oportunidade de golo até ao apito para intervalo, mas o cabeceamento de Aderllan saiu ao lado da baliza de Arruabarrena.

As emoções, porém, estavam reservadas para a segunda parte. Foram cinco minutos de sentimentos à flor da pele logo no arranque e poucas das mais de mil pessoas presentes em Arouca se conseguiram controlar.

Em dois lances aparentemente inofensivos, dois penáltis para o Rio Ave. No primeiro, Quaresma, pressionado por Emmanuel Boateng na própria área, atingiu o ganês no rosto (57m). Depois, foi Opoku a pisar Aziz (63m) quando o avançado vilacondense estava caído no chão.

Ora na primeira tentativa, Aziz enganou Arruabarrena, mas Boateng já não conseguiu repetir o feito do compatriota logo de seguida, permitindo a defesa do guardião uruguaio.

Não era o clique que o Arouca quereria, mas aquele que precisou para adotar uma postura mais ofensiva. Ainda assim, a equipa de Evangelista não conseguiu criar nenhuma real oportunidade de golo, apesar das aproximações da área vilacondense.

Só em tempo de descontos – e o árbitro João Pinheiro até deu 10 minutos – Jhonatan sentiu as suas redes verdadeiramente ameaçadas, visto que o Rio Ave encostou-se ao seu terreno defensivo e Armando Evangelista lançou todas as opções de ataque que tinha disponíveis. Mas, aí, também se fez valer a consistência defensiva dos verde e brancos, que Luís Freire tanto tem elogiado. 

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