Proença defende discussão sobre o papel do TAD na justiça desportiva

13 set 2022, 13:46
Pedro Proença

Presidente da Liga fala na necessidade de «repensar a arquitetura» da justiça no desporto

O presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, defendeu esta terça-feira a necessidade de «repensar a arquitetura» da justiça desportiva e questionou a função do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).

Numa conferência da Sport Integrity Week (SIGA), que decorre na Nova BSE, em Cascais, Proença explicou que não está contra a existência do TAD, mas que o objetivo da sua criação já não tem o enquadramento original.

«A justiça desportiva é um pilar fundamental do desporto, assim como a sua celeridade. Temos assistido a um aumento do número de apelos ao TAD, que nos últimos tempos se multiplicou de forma visível. O problema não é a existência do TAD, mas a organização do sistema de justiça, que é o que realmente importa discutir. A intervenção do Governo nesta matéria é muito importante e todos os olhos estão em nós para fazer a mudança», afirmou o dirigente.

Pedro Proença colocou o enfoque no combate à morosidade da justiça desportiva e garantiu que esse vetor será «um dos pilares da atividade» do organismo que dirige.

«Não há uma atividade que seja credível se não tiver uma justiça célere. Os temas da justiça desportiva preocupam-nos e em Portugal é momento de fazer uma reflexão sobre o modelo jurídico que existe», insistiu.

O presidente da Liga de clubes notou que o TAD tinha como objetivo ser a última instância da justiça, mas duas decisões contrárias do Tribunal Constitucional criaram um novo paradigma que está a promover a morosidade da justiça desportiva.

 

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