P. Ferreira-FC Porto, 2-4 (destaques)

Vítor Maia , Estádio Capital do Móvel, Paços de Ferreira
6 mar 2022, 20:17

Evanilson e Taremi, parceiros do crime

FIGURA: Evanilson

Absolutamente decisivo. O internacional olímpico brasileiro marcou dois dos três golos do FC Porto na Mata Real e chegou aos 18 golos na época (12 na Liga). O avançado tem em Taremi o seu parceiro do crime: o iraniano assistiu-o para os dois golos. Mais tarde, Evanilson devolveu a gentileza ao colega e assistiu-o para o 4-1. Luis Díaz partiu, mas os dragões não ficaram órfãos de um goleador: têm em Evanilson o seu bombardeiro


MOMENTO: jogada de futebol de praia para o 3-1, minuto 53

Apesar da magra vantagem ao intervalo, o FC Porto teve uma entrada de rompante na segunda parte e marcou dois golos em seis minutos. O primeiro, anotado por Evanilson, é sensacional: Vitinha saiu com a bola a dar toques com a bola, picou para Taremi que cabeceou de pronto para o desvio do brasileiro. Futebol espetáculo e jogo fechado.


Outros destaques:


Nico Gaitán: o argentino estreou-se a marcar pelo Paços de Ferreira ao segundo jogo e logo contra o FC Porto. Um minuto depois de entrar, Gaitán fugiu a Wendell e desviou o cruzamento de Antunes para o fundo da baliza de Diogo Costa. Longe de ter a velocidade de outrora, exibiu bons pormenores e mostrou que a qualidade está toda lá. Afinal, quem sabe, não esquece.

Taremi: o avançado persa provou que não é preciso marcar dois ou três golos para fazer uma excelente exibição. Taremi é o playmaker do FC Porto: joga de costas, esconde a bola, assiste e mexe-se com inteligência tremenda. O internacional iraniano mostrou isso mesmo no lance que valeu o 1-0 aos azuis e brancos e nas duas assistências para Evanilson. Taremi coroou a prestação de nível elevado com um golo a passe do brasileiro. Saiu sob aplausos e com os adeptos a entoarem o seu nome num gesto de reconhecimento pelo que fez.

Wendell: o pior jogador do FC Porto na Capital do Móvel. O lateral-esquerdo tarda em confirmar-se como uma alternativa válida a Zaidu – pasme-se. Wendell facilitou no lance que deu o empate ao Paços – quiçá esperou que Diogo Costa anulasse o lance – e voltou a repetir o erro perante Gaitán. No fundo, falhou nos dois golos sofridos pelos azuis e brancos. Não era titular há mais de um mês e depois do jogo desta noite, é fácil percebe o porquê.

Vitinha: a influência do internacional sub-21 português na equipa portista é enorme. É verdade que não fez nenhuma assistência, mas o médio esteve em todos os golos com passes que desmontaram a organização defensiva contrária. Vitinha teve lâmpejos de qualidade, funcionou como um 'abre-latas' e recuperou a sua melhor versão na Mata Real. 

Antunes: o capitão foi, de longe, o melhor jogador do Paços de Ferreira. A espaços sofreu com a presença de Pepê, mas revelou uma capacidade de apoiar o ataque invulgar. O lateral-esquerdo mostrou que tem um pé esquerdo de qualidade ao assistir Delgado e Gaitán para os dois golos dos castores.

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