P. Ferreira-FC Porto, 2-4 (crónica)

Vítor Maia , Estádio Capital do Móvel, Paços de Ferreira
6 mar 2022, 20:04

Quem trava o Dragão?

O FC Porto exorcizou o fantasma da Mata Real e ganhou em Paços de Ferreira por 4-2. Os dragões não perdem há mais de 50 jogos (!) – a última derrota foi precisamente na Capital do Móvel em outubro de 2020 – e parecem imparáveis na marcha para a conquista do título.

Sérgio Conceição reinventa a equipa ano após ano, mas parece, indiscutivelmente, ter encontrado a melhor versão desde a sua chegada.

Poucas dúvidas existem: ninguém joga melhor em Portugal que o FC Porto. Os azuis e brancos tiveram uma entrada muito forte na partida e não permitiram praticamente nada ao Paços de Ferreira. Depois dos avisos de Vitinha e Taremi, os azuis e brancos abriram o marcador por Pepê depois de uma bela jogada pelo corredor central.

Os primeiros vinte e cinco minutos foram de domínio quase absoluto dos portistas. A facilidade para sair da pressão alta adversária, a agressividade na saída de bola contrária, as permutas no corredor central e as subidas de João Mário e Wendell nas laterais, enfim, dificultaram a tarefa dos castores.

Ainda assim, o Paços de Ferreira conseguiu igualar a partida no primeiro remate à baliza de Diogo Costa. Antunes conseguiu um brilhante cruzamento na esquerda, Diogo Costa não anulou o lance e Delgado antecipou-se a Wendell.

O empate era injusto até pelo que o Paços não tinha feito. Porém, a igualdade durou pouco. Fernando Fonseca cedeu à pressão portista, Taremi tabelou com Otávio e assistiu Evanilson para o 2-1. Tudo simples, bonito e tremendamente, eficaz.

O arranque da segunda parte foi avassalador por parte do FC Porto e recheado de momentos de enorme recorde técnico. Houve mesmo futebol champanhe na Mata Real. Como quem está no parque, Vitinha caminhou a dar toques na bola, picou para Taremi e este assistiu Evanilson para o bis.

Se com o 1-3 o jogo parecia fechado, o 4-1 volvidos seis minutos anotado por Taremi a passe de Evanilson parecia ter dissipado todas as dúvidas acerca do vencedor do encontro. Pelo meio, é justo dizê-lo, Nuno Santos por pouco não aproveitou um brinde de Taremi.

O jogo parecia fechado, no entanto, os pacenses agarraram-se ao orgulho, soltaram-se e tiveram olhos para a baliza contrária. Um minuto depois de entrar, Nico Gaitán fez o 4-2 e estreou-se a marcar pelo Paços.

Tanto o FC Porto como o Paços poderiam ter feito mais golos até final, mas o resultado não mais se alterou. De resto, o marcador é lisonjeiro para a equipa de César Peixoto que sentiu tremendas dificuldades para travar o rolo compressor portista.

Quem trava estes dragões?

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