«É natural haver treinadores aqui a ver o jogo, Paços é apetecível»

Vítor Maia , Estádio Capital do Móvel, Paços de Ferreira
2 out 2022, 20:54
P. Ferreira-Arouca

César Peixoto recusa atirar a toalha ao chão e sublinha que tem a confiança dos jogadores apesar do Paços ainda não ter vencido ao fim de oito jornadas

César Peixoto, treinador do Paços de Ferreira, em declarações na sala de imprensa no estádio Capital do Móvel, após o empate (1-1) contra o Arouca, em jogo da oitava jornada da Liga:

«Fizemos um bom jogo até ao golo sofrido. Era um golo fácil de anular. Se fizéssemos o que trabalhamos, evitávamos o golo. Tínhamos o jogo controlado. Depois do golo a equipa fechou-se e pela falta de confiança, quis segurar o resultado. Depois do golo do Arouca, um lance fácil de anular, a equipa jogou mais com o coração. A falta de confiança pesa e o Arouca numa transição ou outra voltou a criar perigo. 

Penso que fizemos uma boa primeira parte. Corrigimos algumas coisas ao intervalo e tivemos uma entrada muito forte na segunda parte. Precisamos de uma vitória para a equipa dar o 'clique' e transformar-se. Hoje, num erro individual, colocámos tudo em causa.

Nos primeiros 30 minutos do jogo dominámos. O Arouca poucas vezes chegou à frente. A equipa abdicou de jogar depois de marcar e jogou de forma mais direta. Não é o que pretendemos. Os jogadores querem muito ganhar, mas as coisas não têm corrido da melhor maneira. Um pormenor individual deitou tudo por terra.»

[Sobre o dialógo com os adeptos no final]:

«Eles têm toda a razão. Estamos frustrados, queríamos muito vencer. A frustração dos adeptos é a mesma que as pessoas aqui sentem. É natural que estejam descontentes. Tal como é natural que o meu lugar seja posto em causa. É natural também que estejam outros treinadores a ver o jogo para entrar para o meu lugar, o Paços é um clube muito apetecível.

Acredito no meu trabalho e os jogadores provaram que estão comigo. Os adeptos têm toda a razão, isso não está e causa. Se eu sentisse que os jogadores não estavam comigo, seria o primeiro a admiti-lo. Pelo contrário, acho que é um ponto a favor. A equipa está a crescer, já ganha mais duelos, tem mais alma e mais chegada à frente. Se há coisa que sinto é que os jogadores estão comigo, mas quando não se ganha, o culpado é o treinador. E eu, como líder deles, sou o máximo culpado.»

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