Sá Pinto: «Os próximos dois jogos têm de ser à imagem de hoje»

Bruno José Ferreira , Parque de Jogos Comendador Joaquim Almeida Freitas
14 mai 2022, 18:49
Moreirense-Vizela

Moreirense-Vizela, 4-1 (reportagem)

Declarações de Sá Pinto, treinador do Moreirense, na sala de imprensa do Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, após o triunfo (4-1) frente ao Vizela:

«Acho que já houve momentos em que estivemos bem, como com o Tondela em casa. A equipa tem apresentado bons momentos, mas não tem sido regular e não tem conseguido os resultados que gostaria, que alimentam. Hoje jogámos com uma pressão enorme, não tínhamos mais margem, tivemos a felicidade de o Boavista empatar com o Tondela. Finalmente hoje foi um dia com as coisas a nosso favor. A manter este nível vamos fazer dois grandes jogos com quem apanharmos no play-off. É a imagem do treinador que têm, tem de ser a imagem da nossa equipa. Todos estiveram bem, fizeram um grande jogo sem os erros que nos acontecem. Quando assim é flui, que foi  que aconteceu. Fizemos um jogo muito conseguido, uma vitória justíssima, pena aquele golo na parte final. É uma pequena grande conquista, mas ainda falta um longo caminho de dois jogos. Demos o passo mais difícil, porque não dependíamos de nós e agora dependemos. É outra realidade. Dá-nos uma capacidade de preparar bem estes jogos de forma física, mental e estratégia. A vitória dá ânimo, alegria e estimula tudo o que de bom temos de sentir. Felizmente conseguimos fazer um grande jogo».

«Precisávamos de um grande resultado para ir ao play-off, e passar a depender de nós. Acreditávamos que íamos conseguir. Somos uma equipa de primeira, é nisso que acreditamos e foi nisso que nos focámos. Houve várias coisas a acontecer que não nos permitiram ser regulares, temos de pontuar mais fora, tivemos lesões, mas contra equipas a lutar com o mesmo objetivo fomos melhores nos confrontos diretos, como com o Belenenses, o Tondela, o Arouca, hoje com o Vizela. Perdemos várias oportunidades, não perdemos a última. A equipa tem de manter este registo, não há desconfiança. Agora é tudo bom. Agora vamos defrontar uma equipa de 2.ª Liga, mas para mim são equipas de primeira. Isto é um perigo. Estávamos a precisar de descomprimir, mas amanhã acabou. Já tenho muitos anos de futebol, como jogador, como treinador, e sei como isto é. Não queremos ser nós chorar essa oportunidade, vamos ter de agarrar com tudo o que temos. Alertas não faltam, não vamos desperdiçar por falta de empenho. Os próximos dois jogos têm de ser à imagem de hoje».

[Reação no final com os adeptos do Vizela] «Sou emocional. Tenho respeito por toda a gente, gostos das gentes de Vizela. Nas, há uma coisa que me deixa triste. Podemos ser rivais, mas entre vizinhos estar a festejar os golos dos outros para descermos de divisão? Prefiro ter sempre o rival e vizinhos perto para estes dérbis. Há um exemplo, a Real Sociedade e o Bilbau, que nem se podem ver, mas se tiverem quer apoiar alguém para descer ou subir prefiro aquele que é meu vizinho, do que ser um estrangeiro. Não é para ajudar, não quero ajudas, a verdade desportiva acima de tudo. Mas, não gostei da postura de festejar os golos adversários contra nós. Emocionalmente não resisti, confesso. Doeu-me, não é nada contra Vizela e contra as pessoas de Vizela, até gosto de ir lá jantar e almoçar, mas não gostei daquele posicionamento. Não gostei também quando os nossos adeptos começaram com “olés”. Foi uma reação a um ato que não gostei».

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