Moreirense-Tondela, 2-0 (crónica)

Bruno José Ferreira , Parque de Jogos Comendador Joaquim Almeida Freitas
16 abr 2022, 17:26
Moreirense-Tondela (Lusa)

Crença cónega agarra-se à vida: triunfo com direito a ultrapassagem

Numa 'espécie de final' entre aflitos, o Moreirense respirou fundo ao mesmo tempo que asfixiou o Tondela. Triunfo por duas bolas a zero no Comendador Joaquim de Almeida Freitas com dois golos de rajada no final da primeira parte.

Rafael Martins e Mirallas foram os autores dos golos da festa cónega, mas o nome maior do jogo foi Derik. O avançado entrou para o lugar do lesionado Yan e deu ao conjunto de Sá Pinto a irreverência que lhe estava a faltar. Fabricou os dois golos, sendo o trampolim para o salto cónego na ultrapassagem ao Tondela na tabela classificativa.

Costuma-se a dizer na gíria futebolística que as finais são para se ganhar. Moreirense e Tondela jogaram aquela que foi considerada, de ambos os lados, uma final. Mas, sentiu-se desde cedo  o receio de perder com maior intensidade do que a vontade de ganhar.

Dois golos e cinco minutos encaminham triunfo cónego

A jogar em casa, e estando a dois pontos do seu adversário na classificação, foi o Moreirense a soltar-se das amarras. A necessidade de correr atrás do prejuízo - fugir aos últimos lugares - teve peso e, depois de meia hora de luta intensa, o conjunto de Sá Pinto deu um safanão no jogo, encostou o Tondela ao seu setor mais recuado e procurou o golo.

Uma procura que deu frutos em dose dupla na reta final da primeira parte. Em cinco minutos a fé cónega abanou as redes por duas vezes tendo um denominador comum: Derik Lacerda. O azarado Yan Matheus deu lugar a Derik e o brasileiro entrou para mexer com o jogo, tal como já tinha feito na última jornada em Barcelos.

Dois raides pela esquerda fabricaram só golos. Primeiro rematou para defesa incompleta de Trigueira, que fica mal na fotografia, a permitir que Rafael Martins apenas tivesse de encostar. Depois fugiu à marcação fazendo o passe com as medidas certas para Mirallas se estrear a marcar com a camisola do Moreirense.

Gestão tranquila: Tondela sem poder de fogo

Atónito, apesar de estar a rubricar uma prestação pouco conseguida, a verdade é que o jogo estava minimamente tranquilo e, num ápice, os beirões saíram para o intervalo a perder por duas bolas a zero e virtualmente relegados para lugar de despromoção, por troca com os cónegos.

Os beirões tentaram esboçar uma reação, sendo verdade que era difícil fazer pior do que no primeiro tempo. Ainda assim, as melhorias existiram, apesar de residuais e mais reativas do que propriamente conseguidas com organização. Uma réstia de esperança ainda surgiu quando Marcelo Alves fez a rede abanar, mas tinha feito falta antes de cabecear. Ná teve poder de fogo o Tondela.

Triunfo tão saboroso quanto festejado pelo Moreirense que, com duas vitórias consecutivas, sai das profundezas dos lugares de despromoção em que há muito estava mergulhado. Ainda não está tranquilo, mas a dose de fé é cada vez maior. Em contraponto, o Tondela é relegado para os lugares de decida.

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