«Fizemos dois grandes jogos, mas há 16 finais pela frente»

21 jan 2022, 19:23
Ricardo Sá Pinto no Vizela-Moreirense (Manuel Fernando Araújo/Lusa)

Sá Pinto, treinador do Moreirense, na antevisão ao jogo com o Santa Clara

Ricardo Sá Pinto mostrou-se nesta sexta-feira entusiasmando com a receção do Moreirense ao Santa Clara, no sábado, na 19.ª jornada da Liga, que assinalará a sua estreia em casa, ao terceiro encontro à frente dos minhotos.

«Não vejo a hora de começar. Estou com muita vontade de fazer o primeiro jogo em casa e sentir o apoio extraordinário que tivemos em Vizela. Apelo aos adeptos, sócios e todas as pessoas de Moreira de Cónegos que venham em massa. Sentindo esse apoio, somos mais fortes para abordar o jogo», frisou o técnico, em conferência de imprensa.

Com uma vitória em Vizela (1-0) e um empate diante do Benfica (1-1), o sucessor de Lito Vidigal igualou o registo de João Henriques entre a sétima e oitava rondas e pode fixar a melhor série de resultados do Moreirense esta época, caso não perca com os açorianos.

«Os dois primeiros jogos tiveram o valor que tiveram. Foram grandes resultados e exibições, que nos tiraram da zona de descida, mas ainda não concretizámos o objetivo principal, que é a permanência. Temos 16 finais pela frente. É sempre importante somar pontos, mas temos uma grande guerra pela frente. Até agora, estou muito satisfeito», avaliou.

Reconhecendo que a evolução coletiva «nunca vai ser um processo terminado», Sá Pinto enalteceu os dividendos extraídos em campo com a partilha de uma mensagem «positiva, sincera e ambiciosa, bem como natural, de alguém que acredita nos atletas».

«Estudei-os individual e coletivamente, sabia o valor da equipa e transmiti isso mesmo, relembrando as coisas boas que tinham feito. Passei uma mensagem de confiança neles próprios, fazendo com que acreditassem no colega ao lado e na possibilidade de ganhar todos os jogos. Depois, vem a nossa ideia sobre o jogo e o lado estratégico», detalhou.

Intacta prossegue uma estrutura com três defesas centrais, na qual Lazar Rosic poderá cumprir os primeiros minutos sob alçada do novo treinador, face à suspensão de Artur Jorge, embora esteja a ser trabalhada outra dinâmica, pois «cada jogo tem uma história».

«Temos de ser rigorosos naquilo que planeámos e treinámos, mas, fundamentalmente, manter o que temos sido. A equipa tem mostrado alegria a jogar e união e espírito de equipa na hora de defender. Pretendemos a mesma aplicada em jogos anteriores. Se conseguirmos operacionalizar tudo isto, falta só mesmo ganhar os três pontos», notou.

«Vamos defrontar uma equipa que tem no processo ofensivo a sua mais-valia, com jogadores de grande qualidade, como Morita, Lincoln, Ricardinho ou Rui Costa. Já mostrou isso várias vezes este ano contra grandes oponentes e foi a única equipa que venceu o Sporting na Liga. Precisamos de estar concentrados, porque têm grande mobilidade na frente», lembrou.

Sori Mané já se despediu da Taça das Nações Africanas (CAN) pela seleção da Guiné-Bissau, mas não regressará em tempo útil, ao passo que Fábio Pacheco também está castigado, com o holandês Godfried Frimpong e Filipe Soares ainda ausentes por lesão.

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