FC Porto-Benfica, 3-1 (destaques das águias)

30 dez 2021, 23:13
FC Porto-Benfica

Everton no primeiro tempo, Rafa no segundo, mas Weigl em ambos

A figura:  Weigl

Everton no primeiro tempo, Rafa no segundo, mas Weigl em ambos. O alemão pode não ser um jogador de pegar na bola e ir por ali fora, mas a sua visão e qualidade no passe vertical são arma usada vezes repetidas e que, nesta noite, voltou a utilizar. É verdade que no lance do 1-0 não percebeu o movimento de Fábio Vieira e aí foi réu. Mas depois passou o meio-campo do FC Porto com vários passes entrelinhas e a deixar os colegas de frente para a linha recuada dos azuis e brancos. Foi ele, também, quem lançou Rafa no 2-1 e no plano defensivo foi aos duelos com o difícil centro de campo formado por Vitinha e Uribe. No fundo, Weigl manteve a equipa sempre ligada. Entre ela e ao jogo.

O momento: minuto 63

O Benfica perdia por 2-1 e jogava com uma unidade a menos. Ainda assim, por um instante, o Dragão agarrou-se aos cabelos. Contra-ataque de Rafa a servir Gonçalo Ramos que fez a bola desviar de Diogo Costa. Zaidu surgiu a impedir o empate e deixar o FC Porto na frente. Momento decisivo no clássico.

Outros destaques

Everton

Muitas vezes se escreveu que foi o Benfica menos Everton, desta vez, no primeiro tempo, Everton foi o Benfica. Pelo menos, no plano ofensivo, uma vez que Weigl foi a constante da partida. O internacional brasileiro apareceu solto, com um toque alegre a desequilibrar pelos corredores laterais. Os principais momentos dos encarnados foram dele no primeiro tempo e, apesar de ter caído no segundo, Everton sai do Clássico com nota positiva.

Rafa

Pouco em destaque no primeiro tempo, figura de proa no segundo na perspetiva encarnada. Fez a assistência para o golo de Yaremchuk e ainda fez outra para Gonçalo Ramos, que o português desperdiçou. No primeiro tempo também encarou algumas vezes a linha defensiva azul e branca, mas foi entre os 45 e os 66 minutos que sobressaiu. E é bom reparar como termina este último verbo, pois ele acabou como Rafa: que saiu. Sem grande lógica.

Yaremchuk

O ucraniano foi um lutador no jogo e, mesmo sem golo, estava destinado a ser um dos destaques das águias. Porquê? Porque aquela oportunidade desperdiçada aos 33 minutos podia ter invertido o destino do jogo. Quem sabe da equipa e do que vai ser da temporada na Liga. O golo no segundo tempo não compensa a perdida, porque o momento é diferente. Deu esperança, verdade, e dará alguma confiança para o futuro de Yaremchuk, que mostrou boa vontade e até melhor entendimento com os colegas do que antes.

André Almeida

Voltou à lateral-esquerda, um lugar que, quando ocupou, já provocou alguma polémica antes [lembram-se da final da Taça de Portugal com Cardozo a discutir com Jorge Jesus?]. O FC Porto explorou o espaço por onde andou o capitão do Benfica que, depois de ver um cartão amarelo, teria de ter toda a prudência e mais alguma na abordagem dos lances. Nélson Veríssimo também devia ter tido essa precaução e, com a ausência das duas coisas, Almeida acabou expulso. Saiu a bater no símbolo do Benfica e a falar para a bancada repleta de portistas. A saída prematura ceifou a reação encarnada.

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