Santa Clara-Boavista, 2-1 (crónica)

1 fev 2022, 22:25

Estreante Tagawa fez a diferença num jogo com pouca história

Um jogo muito disputado e equilibrado, no qual no final ganhou o Santa Clara. Os açorianos venceram o Boavista por 2-1, nos Açores, num encontro em que o reforço Tagawa saiu do banco para coroar a sua estreia com um golo que garantiu três pontos importantes para a equipa insular.

Ainda antes da bola rolar, previa-se um jogo interessante nos Açores, em virtude de as duas equipas partirem para o encontro apenas separadas por um tangencial ponto. Um jogo marcado para esta terça-feira, uma vez que ambas formações marcaram presença na final four da Taça da Liga.

O Santa Clara, sem o treinador e o adjunto (vicissitudes da inevitável pandemia), e com o preparador físico João Carvalho no banco, teve como principal novidade no onze Óscar Barreto, reforço de inverno, que se estreou na titularidade.

O jogo começou da melhor forma para a formação da casa. Logo aos três minutos, após uma bola na área, a equipa açoriana pediu penálti por mão na bola de Luís Santos. O árbitro esperou, ouviu o VAR, hesitou e foi analisar o lance. Após um interminável tempo de espera, André Narciso assinalou grande penalidade. Na cobrança, Cryzan não falhou e inaugurou o marcador. Estavam decorridos seis minutos de jogo.

A vantagem tão cedo no marcador tornou o jogo de feição para o Santa Clara. A equipa açoriana fez por abrandar o ritmo, manteve a posse de bola e procurou ser cautelosa para não dar espaços à equipa do Boavista.

Quando não foi cautelosa, pagou caro. Assim foi aos 26 minutos. Villanueva, displicente, pareceu ter o pé roto e falhou a receção, Sauer aproveitou, conduziu até à área e assistiu Musa que carimbou o empate no marcador. O jogo não estava a ser memorável, mas o que é certo é que antes da meia hora já a bola tinha entrado na baliza por duas vezes.

Empatado, a partida aumentou de intensidade e tornou-se bastante batalhada a meio-campo. Com as duas equipas a serem agressivas nas segundas bolas, as faltas sucederam-se e quer Santa Clara quer Boavista tiveram muitas dificuldades em penetrar no último terço do campo adversário.

Os açorianos conseguiram ganhar o duelo da posse de bola, mas não conseguiram superar a muralha axadrezada. Ainda antes do intervalo, mas quando já passava dos 45 minutos, Ricardinho, em esforço, perfurou a defesa do Boavista, cruzou para a pequena área, mas Anderson Carvalho não conseguiu desviar para a baliza.

Na segunda parte, o filme foi o mesmo da primeira, mas só que em câmara lenta. Muita falta, muito disputado a meio-campo e sem grande história. Nem mesmo de bola parada as equipas conseguiram criar lances de perigo.

Aos 58 minutos, um remate – coisa rara. Cryzan batalhou para arranjar espaço e rematou forte ao lado da baliza de Bracali. Aos 62, outro remate, por intermédio de Makouta, defendido por Marco.

Ao longo do segundo tempo, foi frequente ver a equipa que não tivesse a bola posicionar-se toda atrás da linha da bola: aconteceu com Santa Clara e com Boavista em diferentes fases do jogo. O empate parecia cumprir ambas as aspirações.

Aos 64 minutos, um lançamento longo de Rafael Ramos furou a linha defensiva do Boavista, tendo Anderson Carvalho obrigado o guardião adversário a uma defesa atenta.

O jogo parecia caminhar para um final sem grande história, mas eis que um reforço vindo do outro lado do mundo fez a diferença. Tagawa, na estreia com a camisola açoriana, apareceu na área para fazer do remate de Anderson Carvalho uma assistência perfeita para o segundo golo do Santa Clara.

O japonês, entre os centrais, mostrou uma perspicácia de goleador – e isso, num jogo com pouca história, fez a diferença.

Patrocinados