Arouca-Sp. Braga, 0-6 (crónica)

Rui Santos , Estádio Municipal de Arouca, Arouca
30 dez 2021, 21:16

Miúdos dão baile na goleada do Sp. Braga em Arouca

Goleada das antigas em Arouca, com o Braga a chegar à meia dúzia num jogo em que brilharam os miúdos Vitinha, que completou um “hat-trick”, e Roger, que bisou em poucos minutos. Tudo isto sob a batuta do maestro Iuri Medeiros, perante um Arouca atónito e incapaz de dar luta aos arsenalistas.

Privados de muitos dos seus habituais titulares, entre castigos, lesões e a covid-19, ambos os técnicos foram obrigados a improvisar, sem com isso abdicarem das suas ideias mestras. Armando Evangelista não caiu na tentação de lançar um terceiro defesa central, em muito devido à recuperação do médio Pedro Moreira, e Carlos Carvalhal continuou a lançar jovens na equipa principal, com a oportunidade a tocar, desta feita, a Falé, avançado de apenas 17 anos, que se estreou na equipa principal bracarense.

Desde o apito inicial se percebeu um certo ascendente do Braga, que não sendo avassalador ia empurrando o adversário para trás. O primeiro golo não demorou a surgir, a meias entre Yan Couto e Vitinha, em quem a bola desviou para trair um desamparado Victor Braga. O jovem goleador arsenalista bisou pouco depois, oportuno a aproveitar uma defesa incompleta do guardião contrário. Pelo meio, Falé isolou-se mas faltou-se cabedal para aguentar ação de Basso.

Do Arouca pouco se via, totalmente amarrado na teia montada por Carvalhal, que deixava poucos espaços para explorar. Se juntarmos a isso uma eficácia a roçar a perfeição, ficamos com o quadro completo da goleada ainda antes da meia hora, consumada pelo suspeito do costume, Vitinha, que completou o hat-trick a passe de Iuri Medeiros, na melhor jogada até então.

No Municipal de Arouca reavivavam-se fantasmas do último jogo em casa, diante do igualmente minhoto Vizela (4-0 ao intervalo), mas desta feita não houve erros grosseiros a justificar o desnível no marcador. O adversário era apenas e só mais forte e estava-o a demonstrar em toda a plenitude.

Ao intervalo, Armando Evangelista retocou a equipa, encostou o lateral Quaresma canhoto aos centrais, mas faltava dinâmica e até confiança (o peso do 3-0 era inegável) para virar o rumo do jogo. Ainda assim, foi do Arouca a primeira oportunidade do segundo tempo, desperdiçada por Bukia, solto ao segundo poste.

Com o jogo controlado, Carvalhal foi ao banco buscar mais dois jovens talentos, Dinis Pinto, que também se estreou na I Liga, e Roger, uma das grandes promessas da cantera bracarense. Com o Arouca a tomar mais riscos em busca de um golo que lhe reavivasse a alma, começaram a surgir espaços que o Braga procurava aproveitar. Já depois de Vitinha ter ficado perto do póquer, Iuri Medeiros, num penálti descoberto pelo VAR, fez o 4-0. Daí ao 6-0 distaram poucos minutos, bisou Roger, um menino de 16 anos com queda para o estrelato. E por falar em jovens talentos, também Schurrle se estreou pelos bracarenses. Uma noite para recordar para muita gente, de facto.

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