Estoril-FC Porto, 2-3 (destaques)

Adérito Esteves , Estádio António Coimbra da Mota, Estoril
8 jan 2022, 20:32

A prenda para Sérgio, que Chico não vai esquecer

A FIGURA: Francisco Conceição

O extremo de 19 anos nunca vai esquecer o dia em que marcou o seu primeiro golo na liga. Impossível! Fê-lo no dia em que o pai assinalou dez anos como treinador, consumando uma reviravolta incrível, ao minuto 90, que vale a liderança isolada ao FC Porto. Inesquecível, pois claro.

O MOMENTO: a explosão antes do beijo (90m)

Francisco Conceição tinha entrado em campo ao minuto 84, imediatamente após o FC Porto ter chegado ao empate. Pouco mais de cinco minutos depois, Luis Díaz bailou pela esquerda e serviu Francisco Conceição que disparou de pé esquerdo um remate tão potente, que a bola entrou na baliza e saiu, deixando no ar a dúvida – a esperança, no caso estorilista? – se teria entrado mesmo. Entrou. O golo provocou uma explosão no banco do FC Porto e nas bancadas, num momento que terminou com um beijo. De Sérgio para Francisco. De pai para filho.

OUTROS DESTAQUES

Luis Díaz

Na verdade, voltou a ser ele a figura de mais um jogo do FC Porto. Mas seguramente que concede o lugar. Regressado ao onze depois de ter estado afastado devido a covid-19, nem se notou que esteve doente. O extremo colombiano voltou a todo o gás e voltou a ser o protagonista da equipa portista. O perigo surgiu sempre dos pés do camisola sete dos azuis e brancos que, claro, esteve na origem do golo de Taremi. Marcou ele o segundo e serviu Francisco Conceição em bandeja de ouro para o terceiro. Absolutamente fundamental.

Taremi

Onze jogos depois, conseguiu acabar o jejum de golos. O avançado iraniano iniciou a reviravolta com um golo logo a abrir a segunda parte e lançou os dragões para a vitória.

Corona

O mexicano não era titular na Liga desde a sétima jornada, em setembro e esteve bastante apagado neste regresso à titularidade. Jogou a lateral direito, mas explorou poucas vezes as subidas no terreno, onde tantas vezes já mostrou fazer a diferença.

Chiquinho

Enquanto teve fôlego, o extremo estorilista foi uma constante dor de cabeça para a defesa portista. Viu um golo ser-lhe anulado quando o resultado ainda estava em 0-0. Foi ele também que conquistou o penálti que valeu o segundo golo ao Estoril. Saiu visivelmente esgotado aos 60 minutos.

Thiago

Uma. Duas. Três. Quatro! Os jogadores do FC Porto vão ter pesadelos com o guarda-redes do Estoril, o principal responsável por tanto sofrimento dos dragões na Amoreira. Na primeira parte, não teve muito trabalho e até se mostrou nervoso quando teve de jogar com os pés, mas na segunda, perante o sufoco provocado pelo FC Porto, foi um monstro na baliza estorilista. Acabou a sofrer três golos, mas não teve culpa em nenhum deles.

 

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