Conceição: «Às vezes não se pode tocar violino, toca-se bombo»

4 mar 2023, 23:01
FC Porto-Gil Vicente (MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA)

A análise do treinador do FC Porto ao triunfo em Chaves (1-3)

Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações na flash interview da SportTV1, após a vitória por 3-1 frente ao Desp. Chaves, em Trás-Os-Montes, numa partida da 23.ª jornada da Liga:

«Foi um bom jogo, jogo bem conseguido. Estivemos sempre ligados ao jogo. Percebemos que defrontámos uma equipa que é difícil sobretudo aqui em Chaves. Entrámos muito bem no jogo, fomos para o intervalo com uma vantagem justa. A mensagem ao intervalo era para continuar, ter atenção ao equilíbrio porque tivemos mau posicionamento quando estávamos a atacar e permitimos uma ou outra saída ao Desp. Chaves.

Não entrámos tão bem. Eles marcaram, mas fomos gerindo o jogo de uma forma que eu gostei. Por vezes, não se pode tocar violino, toca-se bombo. Hoje foi uma vitória desse mesmo realismo que tivemos no jogo.

Recorde-me de uma ou outra perda de bola que não podemos ter. Permitimos que o Desp. Chaves ganhasse algum ascendente e criasse uma ou outra situação. Foi uma reação normal de quem está a perder. Devíamos ter tido mais bola e gerido melhor o jogo. No geral os meus jogadores fizeram um jogo competente, os jogadores trabalharam muito para ganhar. O mérito é deles.

Pepê e Taremi no banco? Vou fazer analogia com as festas emTrás-Os-Montes. Toca-se muito bombo e por vezes isso é necessário. A equipa inicial era a que me dava mais garantias para que dentro dessa festa, não era ópera, desse garantias de fazer um jogo competente. Sabíamos que teríamos de trabalhar muito e depois, com a qualidade individual que temos, a nota artística iria sair. Fiquei muito satisfeito com quem jogou na frente. O Namaso e o Martínez trabalharam muito e ambos marcaram. Escolho a equipa em função dos treinos. O Pepê não fez um treino com a equipa esta semana por problemas num pé. Tenho de ver quem dá mais garantias no treino e não quem tem mais nome ou mais minutos. Os jogadores que ficam no banco têm de acrescentar alguma coisa e foi o que aconteceu. Fico muito feliz pelo comportamento dos jogadores nesse sentido.

O FC Porto tem de agarrar-se ao trabalho diário e ao que é a postura desde que eu e a minha equipa técnica entrámos aqui. Sempre com a máxima dedicação e ambição diária para sermos uma equipa melhor e tentarmos atingir a tal perfeição que não existe. No Olival honramos a história do clube e a mentalidade que temos. Agora vamos olhar para o Estoril e assim sucessivamente. Em maio fazemos as contas.»

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