FC Porto-Famalicão, 4-1 (destaques)

Vítor Maia , Estádio do Dragão, Porto
15 jan 2023, 22:33

Galeno na sua melhor versão

Figura: Galeno

Esta já é a época de afirmação do extremo no FC Porto. Em 45 minutos, Galeno desequilibrou o jogo a favor dos dragões com dois golos e uma assistência. O luso-brasileiro igualou o melhor registo goleador da carreira (13) alcançado na equipa B portista em 2016/17. Galeno usou e abusou da velocidade e acima de tudo, acrescentou capacidade de decisão às suas ações – foi assim que serviu Otávio para o 3-0. Podia ter sido uma exibição de mão cheia não fossem as duas oportunidades perdidas no quarto de hora final, uma delas de baliza aberta (!). Foi, ainda assim, decisivo para a goleada portista.


Momento do jogo: duas vezes Galeno, minuto 21

Depois de ter sofrido o primeiro golo, o Famalicão tentava esboçar uma reação no Dragão. Porém, novo golpe aplicado por Galeno deixou os minhotos com uma montanha (dificílima) por escalar. Tal como no primeiro golo, o desenho ofensivo do FC Porto foi excelente: calcanhar de Otávio para João Mário que cruzou para o pontapé de Uribe. A estirada de Luiz Júnior ao pontapé do colombiano não merecia a recarga vitoriosa de Galeno.


Outros destaques:

Otávio: o jogo não tem segredos para o médio portista. O internacional português sabe sempre o que fazer à bola, muitas vezes antes de a receber, e raramente toma uma decisão errada. Esta noite foi assim. Visão de jogo e classe, assim se podem definir os dois gestos técnicos de Otávio para o primeiro e segundo golos. Depois de oferecer, marcou ele próprio o 3-0. Mais um dia no escritório para Otávio.

Iván Jaime: a cada toque na bola, a cada drible, é difícil perceber por que razão o espanhol ainda continua no Famalicão. O jovem criativo fez um bom jogo no Dragão, assumindo a batuta da equipa minhota. Iván Jaime tentou agarrar a equipa ao jogo de todas as formas: ao ganhar faltas próximas da área portista, ao arrancar amarelos aos adversários e ao ensaiar remates de fora da área. Ficou ligado ao lance do golo de Rui Fonte.

Taremi: é cada vez o playmaker da equipa sem perder sentido de baliza. O iraniano executa as duas funções com uma simplicidade brutal. O avançado iniciou o lance do terceiro golo portista e finalizou ele próprio, com um golpe de cabeça, o quarto. Taremi pintou ainda uma obra-prima no Dragão com um chapéu perfeito a Luiz Júnior, mas não contou porque o VAR descobriu uma irregularidade no momento da antes da finalização.

João Mário: voltou a deixar sinais positivos tal havia feito contra o Arouca. O lateral-direito voltou a ser um dos fatores de desequilíbrio do ataque portista. João Mário saiu do jogo com duas assistências e razões para sair – a paragem parece ter-lhe feito muito bem.

Relacionados

Mais Lidas

Patrocinados