Momento de magia dá primeira vitória ao «mágico» na Liga
Uma primeira parte de alto nível por parte do Nacional acabou por não ser suficiente para derrotar o Estoril, que contou com a inspiração de João Carvalho, para carimbar o primeiro triunfo nesta edição do campeonato, pela margem mínima.
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À procura de somar a primeira vitória no campeonato, o Estoril recebeu o Nacional, com cinco alterações face ao onze que alinhou no empate a zero na casa do Boavista.
Debaixo de algum calor, o Nacional viajou até ao continente e como seria de esperar, dominou os primeiros minutos do encontro, muito graças a uma fraca troca de bola dos comandados de Ian Cathro.
No meio-campo, Luís Esteves, Penha e Matheus Dias não deram muitas hipóteses ao trio adversário na mesma zona do terreno e prejudicados também pelo vento contra, os jogadores canarinhos perderam muitas vezes a posse do esférico.
Por isso, o primeiro tempo foi de muito trabalho para Joel Robles, que mesmo não tocando na bola viu-a sair por algumas vezes junto dos postes, ou até mesmo acertando-lhes. Aos 16 minutos, um cruzamento do lado direito levou o arco perfeito para a cabeça de Ulisses Rocha, que dentro da área finalizou de cabeça, completamente solto de marcação, com o esférico a bater no ferro.
Um momento de pura magia na Amoreira
Ora, todo este cenário não fazia prever o que acabou por acontecer pouco depois, num claro murro no estômago para Tiago Margarido e a equipa do Nacional.
Tudo começou num mau atraso de Luís Esteves, que obrigou Lucas França a sair dos postes e tentar evitar que a bola chegasse a Begraoui. A verdade é que o conseguiu fazer, ainda que o desfecho tenha sido ligeiramente o mesmo, só que com outro protagonista.
Quase no meio-campo, João Carvalho recebeu o esférico, apercebeu-se do adiantamento do guardião insular e apontou um autêntico golaço, dando assim vantagem ao Estoril, completamente contra a maré.
A partir daqui o Nacional acusou ligeiramente o golo sofrido, ainda que tenha mantido a mesma pressão e caráter dos minutos iniciais. Do lado contrário, os comandados de Ian Cathro limitaram-se a controlar o resultado e a tentar sair no contra-ataque, sem grande efeito.
O intervalo chegou e os jogadores recolheram aos balneários com uma vantagem mínima para o Estoril, que abriu o segundo tempo com uma contrariedade. Após realizar um «sprint» até à bandeirola de canto, pressionado por um adversário, Hélder Costa agarrou-se à perna, no que pareceu ser desde logo uma lesão muscular.
Ainda assim, Tiago Margarido também não teve grandes motivos para sorrir, já que além de no segundo tempo o Nacional ter caído ligeiramente de rendimento, um momento algo insólito acabou por deixar os insulares a jogar com dez.
Decorria o minuto 65, quando Ulisses Rocha cometeu falta sobre Zanocelo e na sequência do lance pontapeou o colega de profissão, acabando por ver o cartão vermelho direto.
Até final, os 2138 espetadores que se deslocaram até ao Estádio António Coimbra da Mota tiveram que se preocupar mais com o frio que se fez sentir, do que propriamente com o que se passou dentro das quatro linhas.
Este resultado permite ao Estoril sair da zona de despromoção e passa a ter cinco pontos somados, ao fim de cinco jogos. Quanto ao Nacional, tem menos um ponto que a equipa de Ian Cathro e pode ver o Estrela da Amadora colar-se na tabela classificativa, caso vença o Boavista, esta segunda-feira.
A figura: João Carvalho, um golaço contra a maré
Na sequência de um mau atraso para o guarda-redes e numa altura em que o Nacional controlava o encontro, uma saída em esforço de Lucas França deixou o médio em boa posição para finalizar. De fora da área e com o guarda-redes fora da baliza, apontou um golaço e deu vantagem ao Estoril no encontro.
O momento: Ulisses Rocha vê o cartão vermelho direto
Num momento algo insólito, o camisola quatro do Nacional cometeu falta sobre Zanocelo e quando o adversário já se encontrava no chão, acabou por pontapeá-lo e foi expulso. O jogo estava dividido nesta fase, mas com menos um jogador, o Estoril passou a «mandar» mais no encontro, algo que não se tinha visto até então.
Positivo: jogo mais dividido nos segundos 45 minutos
Apesar do único golo ter sido apontado na primeira parte, foi na segunda que o encontro aqueceu, apesar do frio que se fez sentir no Estádio. Com menos um jogador, o Nacional tentou o tudo por tudo para chegar ao empate e o Estoril no contra-ataque foi criando perigo ao adversário, ainda que sem sucesso.