Desp. Chaves-Santa Clara, 0-0 (crónica)

7 nov 2022, 22:23

O melhor não ficou para o fim

Desportivo de Chaves e Santa Clara colocaram um carimbo sobre a 12.ª jornada da Liga, mas o melhor espetáculo não ficou, definitivamente, guardado para o fim. O marcador não saiu do 0-0 mas, de um ponto de vista mais otimista, as duas equipas respiram melhor na tabela.

O Santa Clara, depois de um mau arranque no campeonato, muito por força das alterações no plantel, coloca-se um ponto acima da «linha de água», enquanto a equipa de Chaves embandeira uns satisfatórios 16 pontos.

FILME DO JOGO

Recorrendo a um dos clichés preconizados no seio do futebol português há vários anos, este foi um jogo com duas partes distintas. O Desp. Chaves impôs-se nos primeiros 45 minutos, mas deu de frente com um «muro» na baliza açoriana. Por seu turno, os insulares surgiram com outra cara na segunda parte e ainda cheiraram o golo.

Ao intervalo, a igualdade mantinha-se devido a um homem: Gabriel Batista. O guardião formado no Flamengo e que até chegou a ter oportunidades com Jorge Jesus, levou os homens de Chaves ao desespero.

Primeiro, foi João Teixeira, depois João Mendes e Héctor Hernández também tentou ludibriar o brasileiro, que não foi na cantiga e travou tudo o que pôde, com defesas de elevada categoria.

De ressalvar que, apesar do domínio na primeira etapa, o conjunto de Chaves não se livrou de um susto, logo ao minuto sete, quando Gabriel Silva foi derrubado por Sandro Cruz, mas a decisão de penálti foi revertida.

A mensagem de Mário Silva, ao intervalo, foi bem passada. O treinador dos insulares entendeu que Tagawa não conseguiu ser o elo de ligação para o ataque e lançou Matheus Babi. Ora, o brasileiro nem precisou de muitos minutos para ameaçar. Numa jogada de envolvimento, serviu Ricardinho para o golo, que seria anulado por escassos quatro centímetros.

Tal como no primeiro tempo, o Santa Clara começava com um sério aviso à defesa flaviense. E as ameaças acentuaram-se, assim como a chuva que caía em Chaves, mas os homens dos Açores pecaram na hora de decidir.

Se o triunfo era importante, mais necessário ainda era somar pontos, mesmo que fosse apenas um. As duas equipas espreitaram a hipótese de vencer na reta final, mas acautelaram-se ainda mais do ponto de vista defensivo e o marcador não desatou o nó, assim como o histórico de confrontos entre Desp. Chaves e Santa Clara: em 26 jogos, cada um venceu por nove vezes.

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