Desp. Chaves-Marítimo, 2-1 (crónica)

5 fev 2023, 17:35

Chaves fecha a porta à corrente

O Desportivo de Chaves ganhou uma vantagem de dois golos e aguentou depois uma diferença mínima mais de uma hora frente ao Marítimo, para regressar aos triunfos no campeonato e cavar ainda maior margem para os lugares de descida.

A equipa de Vítor Campelos entrou bem, materializou a boa atitude e procura pela baliza com dois golos e fechou a porta à corrente marítima após o 2-1, aguentando a tentativa dos comandados de José Gomes na segunda parte, para segurar um precioso resultado na busca rápida pela manutenção. São agora 25 pontos, quase o dobro do Marítimo, que continua assim no penúltimo lugar, com 13.

Três golos, dois deles de penálti, oito cartões amarelos, bola cá e bola lá e um jogo animado, com uma entrada superior dos flavienses e depois maior equilíbrio. Foi assim nos primeiros 45 minutos.

O Desportivo de Chaves entrou bem e chegou à vantagem com minuto e meio de jogo. A jogada começou na esquerda por Bruno Langa, passou por João Teixeira e Euller concluiu na cara de Makaridze, depois de ter ganho um ressalto em zona frontal e de ter tirado do caminho, com um toque e finta de corpo, Léo Pereira e René Santos.

O Marítimo esboçou alguma reação e Bruno Xadas tentou explorar as costas da defensiva do Chaves com duas bolas longas, mas Paulo Vítor controlou a profundidade e viu depois a equipa, lá à frente, aumentar para 2-0 aos 21 minutos.

Na sequência de um canto do lado direito, batido curto, Juninho caiu na área em lance com Léo Pereira e Tiago Martins foi ver as imagens, considerando, ao fim de mais de dois minutos, motivo para penálti o contacto da perna esquerda de Léo Pereira na perna do avançado dos transmontanos. Na cobrança do lance, Steven Vitória, um pontapé forte e colocado, Makaridze sem sair do centro da baliza e 2-0 no marcador.

Verdade é que a diferença dobrou, mas não por muito tempo, porque o Marítimo beneficiou também de um penálti por mão na bola de Sylla, após remate de Léo Pereira. Os flavienses ainda alegaram que o toque foi fora da área, mas Tiago Martins apontou para a marca e Cláudio Winck bateu Paulo Vítor, que ainda tocou na bola, mas não negou o 2-1 ao minuto 27.

O jogo, por essa altura, já estava numa toada de maior equilíbrio, com ataques perto das duas balizas e mais uma boa ocasião para cada lado até ao intervalo. João Teixeira obrigou Makaridze a uma defesa atenta (31m) e Beltrame ficou a centímetros do 2-2: a bola passou perto do poste (38m).

Na segunda parte, o Marítimo foi quem tentou mais o golo e, na primeira ameaça à baliza de Paulo Vítor, valeu Steven Vitória com um grande corte, a negar o empate iminente, num remate do recém-entrado André Vidigal, que agitou o jogo (55m).

O Desportivo de Chaves também ia tentando recuperar a vantagem de dois golos, mas já sem o discernimento e até, por vezes, a frescura física necessária. O esforço pela equipa foi grande e João Mendes saiu tocado ao minuto 57, para a entrada de João Pedro. Do outro lado, José Gomes arriscou com as entradas de Ramírez e de Kanu, enquanto Campelos viu Euller sair de maca – entrou Sandro Cruz – e fechou atrás com a saída de João Teixeira para a entrada de Nélson Monte, que se juntou a Ponck e Vitória no eixo defensivo.

O jogo animou à entrada para os oito minutos de compensação, com Ramírez a cabecear pouco por cima num bom lance de ataque do Marítimo e, logo a seguir, Makaridze a negar o 3-1 a Juninho com uma grande defesa. Kanu ainda assustou os transmontanos com um remate pouco ao lado (90+3m) e Vidigal, no último lance, após um canto, ficou a centímetros do 2-2, mas o Chaves evitou o mesmo filme de há quase uma semana em Guimarães e garantiu, por fim, os três pontos.

Relacionados

Patrocinados