Desp. Chaves: Guima castigado por encostar cabeça e peito ao árbitro

1 jun 2023, 20:11
Guima e Beltrame no Desp. Chaves-Marítimo (Pedro Sarmento Costa/Lusa)

Médio dos flavienses apanha dois jogos de suspensão, tal como Abass. José Gomes com multa de 2.680 euros

Guima e Abass, dois dos jogadores do Desportivo de Chaves expulsos na última jornada da Liga, na receção ao Boavista, foram castigados com dois jogos de suspensão, segundo o mapa de castigos do Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) divulgado esta quinta-feira.

O médio português foi ainda multado em 765 euros por «injúrias e ofensas à reputação». Aos 67 minutos, recorde-se, Guima fez falta sobre Seba Pérez, viu amarelo e encostou o corpo ao árbitro Hélder Carvalho, tendo visto cartão vermelho e consequente expulsão.

«Vindo a correr na minha direção encostando-me a cabeça e o peito, dizendo em tom alto, “estragaste esta m****”», escreveu o árbitro no relatório da partida.

Já Abass, que em cima do minuto 90 foi expulso após uma cotovelada a Berna, foi multado em 408 euros por agressão. Segundo o árbitro, o extremo «atingiu o adversário com o braço no pescoço utilizando força excessiva».

Também pelos acontecimentos na última ronda, o treinador do Marítimo, José Gomes, foi multado em 2.680 euros e castigado com um jogo de suspensão, na sequência da expulsão frente ao Estoril, no final do jogo, que retira o técnico da primeira mão do play-off, diante do Estrela da Amadora.

Segundo o relatório do árbitro Ricardo Baixinho, o técnico dos madeirenses «usou linguagem grosseira, ofensiva e injuriosa», tendo afirmado «de forma efusiva "és uma vergonha, car****, és uma vergonha"».

«Após ser-lhe exibido o cartão vermelho este em passo apressado tentou alcançar-me, conseguindo agarrar-me o braço direito, fazendo-me rodar para o encarar. Frente a frente, este elemento avançou na minha direção de forma ameaçadora, aproximando a sua testa a escassos centímetros da minha e vociferou "és uma vergonha, aquilo que fizeste aqui hoje é o exemplo da vergonha que és!". Após este comportamento foi afastado por elementos da sua equipa», consta no relatório do árbitro.

O Marítimo, por sua vez, alegou «que a factualidade imputada ao treinador é, em parte, falsa, tal como pode comprovar-se a partir das imagens televisivas».

«O treinador apenas se dirigiu ao árbitro já depois do árbitro, surpreendentemente, lhe ter exibido cartão vermelho. É nessa altura que o treinador, pela primeira vez, se volta para o árbitro para tentar perceber o motivo da expulsão. É verdade que o treinador estava indignado com a expulsão. Porém, é totalmente falso que tenha agarrado o braço do árbitro, fazendo-o rodar, ou que tenha avançado na direcção do árbitro de forma ameaçadora», argumentaram os verde-rubros.

Contudo, o CD da FPF entendeu que a defesa do clube e as imagens apresentadas não vislumbram «qualquer abalo à credibilidade probatória reforçada de que gozam aqueles relatórios oficiais, pelo que se confirma a factualidade descrita nos relatórios».

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