Desp. Chaves-Boavista, 1-4 (crónica)

27 mai 2023, 17:46
Desp. Chaves-Boavista (Lusa/Pedro Sarmento Costa)

Pantera fecha com chave de ouro

Num jogo muito «quentinho» e com vencedor indefinido até ao relógio marcar, sensivelmente, uma hora, o Boavista ganhou no reduto do Desportivo de Chaves (4-1) e garantiu o nono lugar na Liga.

Nesta última jornada, Vítor Campelos ainda procurava obter o melhor registo pontual da equipa no principal escalão, fez o que pôde para animar a equipa, mas ficou sem hipótese de dar resposta às adversidades.

FILME DO JOGO

O Boavista entrou melhor no jogo e somou várias ocasiões de golo, mas tardou em inaugurar o marcador, o que já estava a levar Petit ao desespero. Os axadrezados apostaram fortemente nas transições rápidas e apanharam a linha defensiva dos flavienses por diversas vezes descompensada e muito desorganizada.

Ainda assim, o primeiro golo só surgiu aos 37 minutos, quando Gaius Makouta rompeu pelo corredor esquerdo e cruzou atrasado para uma finalização na zona de penálti, por Seba Pérez, que apareceu solto na área. Cinco minutos depois, novamente num lance em que a defesa flaviense ficou muito mal na fotografia, Salvador Agra cruzou para a área e Bozeník cabeceou colocado.

O esloveno, que durante a temporada esteve tapado devido à eficácia de Yusupha, deu uma resposta tremenda, aproveitando a ausência por lesão do companheiro de equipa.

A vantagem que os axadrezados levaram para intervalo dava uma almofada de conforto e os adeptos da equipa da casa fizeram questão de mostrar o seu descontentamento antes da recolha aos balneários. Também desagradado, Vítor Campelos lançou Sandro Cruz e Abass logo no recomeço e não podia ter corrido melhor.

O lateral cedido pelo Benfica, logo no primeiro minuto, «tirou um coelho da cartola», rematou para defesa incompleta de João Gonçalves e Héctor Hernández reduziu.

A partir de então, o jogo mudou de figurino, com os boavisteiros a tentarem suster a pressão da equipa de Chaves.

Muita polémica, pouco jogo

Aos 62 minutos, deu-se o momento de jogo que aqueceu os ânimos e levou ao completo descontrolo dos jogadores. Num lance dividido a meio-campo, a bola bateu no árbitro do encontro e continuou na posse do Boavista. Ibrahima Camará recebeu, viu Bozeník a desmarcar-se e isolou o esloveno para o 3-1.

Os protestos foram muitos e a tensão elevou.

Aos 66 minutos, «estalou o verniz». Guima cometeu uma falta, viu cartão amarelo, mas foi para cima do árbitro e imediatamente recebeu ordem de expulsão. Na sequência do lance, devido a protestos, Benny foi admoestado com amarelo.

Ora, dois minutos depois, o extremo fez uma falta dura e viu o segundo amarelo, deixando o Desp. Chaves reduzido a nove.

A reação dos flavienses caiu por terra e pouco futebol se viu na reta final. Mas aquilo que se viu, valeu a pena.

À entrada para os últimos 10 minutos, Makouta recebeu a bola na esquina da grande área e rematou em arco para o melhor golo da tarde.

Pouco depois, Bozeník ainda apontou o hat trick, mas o golo foi invalidado por… um centímetro.

Mesmo em cima do apito final, Issah Abass foi expulso após revisão das imagens do VAR, na sequência de uma cotovelada num adversário. Com o Desp. Chaves a jogar com oito, foi Petit quem pediu ao quarto árbitro para que não se dessem descontos, o que veio a suceder.

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