Casa Pia-Santa Clara, 2-1 (crónica)

Rafael Vaz , Estádio Nacional, Oeiras
29 jan 2023, 17:38

Um banco que Soma

O Casa Pia regressou esta tarde às vitórias na Liga, no Jamor, no primeiro jogo da abertura da segunda volta do campeonato: a vítima foi o Santa Clara.

O contexto de gansos e açorianos é bem diferente, mas a situação nas últimas semanas não difere muito: pouco famosa.

Ainda assim, o jogo foi entretido.

Nem sempre bem jogado, é verdade, mas isso é pouco surpreendente face ao tal momento menos positivo que os dois conjuntos atravessam. O Casa Pia, quinto classificado e sensação do campeonato, vinha de duas derrotas consecutivas. O Santa Clara, no 16.º lugar e bem mais aflito, não ganhava há quatro jornadas, agora cinco.

O FILME E A FICHA DO JOGO.

Mas os açorianos ainda estão na ressaca da chicotada psicológica que colocou Jorge Simão no lugar de Mário Silva, e por isso ainda à boleia dessa motivação.

Uma primeira parte morna

A primeira parte foi mais morna, e praticamente só o clube da casa conseguiu incomodar o guarda-redes adversário. Sem grande acutilância, é verdade, mas do outro lado, Ricardo Batista esteve relativamente tranquilo nos primeiros 45 minutos – com exceção de um golo anulado por fora de jogo a Paulo Henrique.

Mas os açorianos vieram com outra para o segundo tempo e o jogo... partiu-se.

Poloni falhou de baliza aberto o 1-0, e depois disso, o Santa Clara ficou a centímetros do golo por três vezes num espaço de seis minutos.

Soma e Baró, as primeiras cartadas de Filipe Martins

Só que o Casa Pia é nesta altura um clube com mais argumentos, e Filipe Martins foi ao banco buscar duas cartadas. As primeiras duas, diga-se: Romário Baró e Yuki Soma, internacional japonês que foi contratado neste mercado de inverno.

Baró, dono de um pé direito acima da média, deu outra dinâmica a um meio-campo dos gansos que ia cumprindo, mas que se mostrava pouco acutilante na hora de desequilibrar na frente.

Soma deu mais do que isso: deu golo, acima de tudo. De livre direto, o nipónico inaugurou o marcador aos 75 minutos. Grande golo.

Mas o Santa Clara, lá está, tinha aparecido melhor na segunda parte e não se ficou por aí. Aliás, nem precisou de muito para voltar a entrar na discussão dos pontos. Foi Gabriel Silva a conquistar um penálti já dentro dos dez minutos finais e a convertê-lo.

O coração de Clayton para os três pontos

O ponto agradava mais aos açorianos do que aos gansos, que jogavam perante os seus adeptos e nesta altura, não há que escondê-lo, são mais equipa. Depois da mestria de Soma, houve muito coração nos lisboetas.

Os comandados de Filipe Martins insistiram, Gabriel Batista ainda fez o impossível ao evitar por três vezes na mesma jogada um golo que parecia certo, mas depois houve outro joker a dar cartas em campo: Clayton vestiu-se de herói para cabecear para a baliza aos 90+4 minutos. A assistência? Soma.

Apostas ganhas de Filipe Martins, num banco que Soma.

Relacionados

Mais Lidas

Patrocinados