Vasco Seabra: «O estado de ansiedade puxou-nos para trás»

Guilherme Portela , Estádio José Gomes, Reboleira
9 dez 2024, 23:25
Estrela da Amadora-Arouca (Miguel A. Lopes/Lusa)

Treinador do Arouca sente que apesar da derrota, a equipa está próxima de voltar às vitórias

Declarações de Vasco Seabra, treinador do Arouca, na conferência de imprensa após a derrota frente ao Estrela da Amadora (2-1), em jogo disputado esta segunda-feira, no Estádio José Gomes, na Reboleira.

[Sente que o momento prejudica a recuperação, segurar o resultado é mais difícil?]

«A verdade é que na primeira parte podíamos ter fechado o jogo pela quantidade de oportunidades claras. Fizemos o golo, logo a seguir tivemos uma oportunidade clara do Sylla, depois temos outra do Trezza, na segunda parte ainda outra do Trezza. Ou seja, que eu me lembre temo três oportunidades isolados, que não é uma coisa normal na primeira liga, ter tantas oportunidades isolados criadas, não foram furto do caos. Ou seja, isso é a parte positiva que nos deixa contentes, a equipa produzir. E a verdade é que fomos sentido que a equipa foi ficando com a vontade que o jogo acabasse mais depressa. A entrada na segunda parte refletiu esse receio. Nós quisemos aumentar a pressão e ao contrário daquilo que foi as nossas intenções, foi o nosso inconsciente a puxar-nos para trás com mais vontade de guardar do que de querer fazer mais. E esse inconsciente temos forçosamente que crescer, arrepiando caminho rápido porque a equipa entrou bem, forte e coesa, capaz de anular quase tudo aquilo que o estrela estava a criar, tendo muita capacidade para chegar. Na segunda parte a ansiedade trouxe-nos um pouco para trás, um golo de lançamento, outro de livre, sem o estrela ter criado grandes danos para nos empurrar para trás desta forma. É um momento em que nós temos que olhar para dentro, ouvir menos, olhar menos e temos de nos focar naquilo que controlamos, que são os jogos. É um jogo de cada vez, são três pontos em disputa de cada vez e temos muito campeonato pela frente. Temos muita qualidade individual e ela tem de sobressair, tem que vir para cima e temos confiança que as coisas vão correr nesse sentido.»

[Sente que a equipa está mais próxima de vencer finalmente uma partida e desbloquear?]

«Nós já sentimos para este jogo, a forma como entrámos de unos essas indicações, a saber muito bem aquilo que tinha que fazer. De cada vez que ganhávamos a bola conseguíamos sair facilmente para a frente. As indicações estavam a ser positivas. Quando chegámos sentimos que a equipa não conseguia criar tantas oportunidades. Com o aumento dessas oportunidades e com a diminuição do número de ataques do adversário nós sentimos que as coisas estão mais próximas nos acontecerem. Aquele estado emocional de ansiedade puxou-nos para trás e isso é responsabilidade minha. Temos de estar focados no nosso trabalho, porque é isso que nos leva aos resultados.»

[Ansiedade da equipa. Acha que é o principal fator para não chegar à vitória?]

«Sim, não há como, nós competimos diariamente e sentimos uma alegria diariamente muito grande de ver a equipa a treinar e a competir. Mas quem gosta de competir gosta de ganhar, e o facto de a vitória ter estado há muito tempo atrás [em setembro], torna aquele momento da vitória chegar numa ansiedade inconsciente, e nós temos de aprender a lidar com essa ansiedade e levá-la para o estado positivo da ansiedade e que isso seja a nossa resposta. Temos de ser mais ativos do que reativos.»

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