Boavista-Sporting, 2-1 (destaques)

Vítor Hugo Alvarenga , Estádio do Bessa, no Porto
17 set 2022, 22:46

Os arcos do triunfo de Bruno Lourenço

A FIGURA: Bruno Lourenço

O extremo que o Boavista recrutou ao Estoril estreou-se a marcar com a camisola axadrezada e fê-lo numa noite inesquecível, com um golo de antologia e um pontapé vitorioso na cobrança irrepreensível de uma grande penalidade ao minuto 80. O remate de primeira, em vólei, para o primeiro golo da noite ficará na história de Bruno Lourenço, dono de um pé esquerdo de qualidade superior. Manteve-se em campo até ao final, assistiu Martim Tavares no lance que terminou em grande penalidade para os axadrezados e assumiu a responsabilidade da cobrança, batendo Adán. Figura, naturalmente.

O MOMENTO: Martim Tavares herói, Ricardo Esgaio vilão (80m)

Ruben Amorim teve de recorrer a Ricardo Esgaio para o lugar do lesionado Coates, Petit apostou no jovem Martim Tavares para o último quarto-de-hora. O avançado de 18 anos, que tinha garantido os triunfos frente a Santa Clara e Arouca, recebeu uma bola de Bruno Lourenço ao minuto 80, tocou para o lado e foi derrubado de forma imprudente por Ricardo Esgaio na área. Bruno Lourenço agradeceu a oportunidade e garantiu o triunfo do Boavista.

OUTROS DESTAQUES:

Nuno Santos: O flanco esquerdo do Sporting ganha outra acutilância quando Nuno Santos surge por lá. No Estádio do Bessa, terá assinado das melhores exibições com a camisola leonina, vencendo inúmeros duelos com o jovem Pedro Malheiro. Foi pelo flanco esquerdo, aliás, que a equipa de Ruben Amorim criou os melhores lances de perigo ao longo do encontro. Aquele cruzamento de letra para o golo de Marcus Edwars, de resto, denota a fase de extrema confiança do esquerdino. Saiu ao minuto 75 e o Sporting piorou.

Kenji Gorré: Nascido nos Países Baixos e internacional pela modesta seleão de Curaçau, Kenji Gorré tem reforçado a sua influência e a consistência do seu jogo nesta permanência no futebol português, iniciada em 2018 com a camisola do Nacional. A cumprir a segunda época no Boavista, Gorré é o maior garante de criatividade ofensiva na equipa axadrezada. Exagera em alguns lances individuais, é certo, mas quem consegue sentar Coates e passar duas vezes por Gonçalo Inácio na mesma jogada – a do golaço de Bruno Lourenço – merece alguma liberdade de movimentos. Saiu, exausto e com missão cumprida, ao minuto 79.

Ugarte: Grande exibição no setor intermediário do Sporting, contando com o apoio de Morita. Não foi por ele que os leões perderam no Estádio do Bessa.

Vincent Sasso: Neste regresso ao futebol português, o defesa-central de 31 anos assume-se como patrão do último reduto axadrezado, que deu um salto qualitativo em relação à época passada. Sasso conserva a qualidade que lhe é reconhecida e foi bem secundado por Abascal e Cannon. O trio falhou apenas, aliás, no lance do golo de Marcus Edwards.

Marcus Edwards: Foi espalhando perfume pelo relvado do Bessa, sobretudo na primeira hora de jogo, merecendo destaque pelo golo que relançou o Sporting no jogo. Porém, como aconteceu com Pote e sobretudo Trincão, agarrou-se cada vez mais à bola e perdeu discernimento, à medida que ia faltando ar nos pulmões.

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