Crise? Só de golos
Este líder governa-se com pouco.
Abanou, é verdade. Mas não caiu. E parece que os alarmes de crise eram claramente exagerados.
Pouco sinal de casos e casinhos. Mesmo tendo tido uma das principais figuras a demitir-se de responsabilidades e a ser, por isso, afastado do poder. Do onze. Era do onze que queríamos dizer.
Uma semana após a derrota com o Sp. Braga, a primeira da era Schmidt, e com Enzo Fernández a ver o jogo da bancada após ter viajado para a Argentina sem autorização e faltado a dois treinos, o Benfica voltou a ser o Benfica do costume.
Apenas com menos golos do que tem sido habitual.
Diante do Portimonense, as águias chegaram à vantagem muito cedo, com um penálti de João Mário, e depois falharam, falharam e falharam.
Mas só na finalização. Voltou a ver-se o futebol fluido, de toques curtos a procurar entrar pelo corredor central, mas com a inteligência de buscar a largura quando necessário. Faltou, porém, a frieza de outrora.
Não é, Gonçalo Ramos?
O avançado, que ganhou o penálti convertido por João Mário foi o espelho da equipa. Jogou bem, mas fartou-se de desperdiçar golos.
Mas também podemos falar do penálti desperdiçado por Aursnes aos 19 minutos. Ou da bola à trave de António Silva logo depois. Do remate do mesmo Aursnes ao poste já na segunda parte…
E as defesas de Nakamura? Que muro! O guarda-redes japonês saiu da Luz com perto de duas dezenas defesas.
E com tudo isso, a vitória do Benfica foi curta. Curta nos números. Ainda que de importância extensa pelo momento que podia ser delicado. Até porque para a semana há dérbi com o Sporting.
A resposta à derrota está dada. E 2023 começa com o Benfica a ganhar, que era o que os adeptos mais queriam.
Crise? Qual crise?