Benfica-Marítimo, 5-0 (crónica)

Nuno Travassos , Estádio da Luz, em Lisboa
18 set 2022, 20:00

Uma mão cheia de ilusão renovada

A mão aberta pode ser sinal para parar, até porque vem aí a pausa das seleções, mas na Luz é uma mão cheia de ilusão. Com um triunfo por 5-0, frente ao Marítimo, o Benfica somou a 13.ª vitória na época, em igual número de jogos, sete dos quais para a Liga.

A equipa de Roger Schmidt segue firme na liderança da Liga, e aproveitou os deslizes de FC Porto e Sporting, os crónicos adversários diretos.

Em estado de graça, as águias voltaram a ganhar indiscutivelmente, com Rafa e Gonçalo Ramos em destaque, num encontro que deu ainda para ver Draxler a marcar pela primeira vez e Brooks a somar os primeiros minutos.

A vida corre tão bem ao Benfica que os adeptos devem estar a rogar pragas à paragem para as seleções, ainda que o descanso seja uma dádiva para alguns jogadores.

Paciência para encontrar o caminho marítimo para a vitória

Na estreia de Aursnes a titular, no lugar de Florentino, o Benfica instalou-se rapidamente no campo do Marítimo, último classificado da Liga, ainda que tenha precisado de um quarto de hora, sensivelmente, para começar a ameaçar verdadeiramente o golo.

Foi só uma questão de paciência, o tempo necessário para perceber a melhor maneira de contornar a organização maritimista, até porque a partir daí foi um caudal de oportunidades bem largo, a justificar uma vitória claríssima.

A química entre Grimaldo, João Mário e Rafa embalou o Benfica para o triunfo, como se começou a perceber ao minuto 24, numa combinação que terminou com um remate do camisola 20 por cima.

Rafa também falhou a primeira tentativa (25m), mas à segunda tirou proveito do toque infeliz de Léo Andrade e bateu Miguel Silva (27m).

O guarda-redes do Marítimo acabou por evitar depois que o Marítimo fosse para o descanso com uma desvantagem maior, ao negar a golo a Ramos e Rafa, mas João Mário ficou a dever a si próprio um golo, quando sacou de uma trivela mal medida (32m).

Caravela encarnada a toda a velocidade

Ao intervalo a vantagem já era curta para aquilo que o Benfica tinha feito, mas a equipa de Roger Schmidt não perdeu tempo a ajustar essa proporção na etapa complementar. Logo ao minuto 47 surgiu o 2-0, finalizado por Gonçalo Ramos com requinte, utilizando a parte interior do pé direito para desviar um cruzamento rasteiro de Bah.

Mais uma vez seguro e autoritário no eixo defensivo, António Silva ainda tentou a estreia a marcar, mas o remate potente saiu ao poste (60m), antes do «bis» de Gonçalo Ramos, isolado por Rafa numa transição rápida (64m).

Enquanto Miguel Silva ia negando alguns golos ao Benfica, o Marítimo lá esboçou dois ataques perigosos, mas Chuchu Ramírez viu um golo anulado por fora de jogo (76m) e Otamendi ainda negou um golo a Fábio China (86m).

Em pleno estado de graça, o Benfica ainda marcou mais dois golos, com Neres a festejar também (82m), apesar de uma exibição mais discreta do que tem sido habitual, e com Julian Draxer a marcar o primeiro golo de águia ao peito, com um remate potente ao ângulo, depois de uma condução da esquerda para o meio, pela linha de grande área (88m).

Deu até para Roger Schmidt promover a estreia de Brooks (tremenda ovação para António Silva), a fechar mais um encontro a alimentar a euforia encarnada.

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