Galos e lobos empatam e o borrego continua por matar
A igualdade entre Gil Vicente e Arouca deixou tudo igual na tabela classificativa. Os galos queriam matar finalmente o borrego e vencer pela primeira vez na história os lobos, mas duas bolas no ferro e a divisão de pontos não o permitiu.
A formação gilista esteve sempre mais perto de marcar, contudo acabou por ser a turma arouquense a fazê-lo por Miguel Puche. A resposta barcelense foi imediata e Santi García deixou tudo como estava com o golo do empate.
Arouca com cinco suplentes
César Peixoto, apesar de ter perdido com o Sporting na ronda anterior, manteve a confiança na equipa e foi a jogo com o mesmo onze que alinhou de início em Alvalade. Já Vasco Seabra, com cinco lesionados e três castigados, apresentou-se em Barcelos apenas com cinco suplentes e com quatro alterações no onze. Saíram da equipa José Fontán, Fukui, Trezza e Nandín e entraram Chico Lamba, Puche, Jason e Henrique Araújo.
Os galos estiveram melhor na primeira parte e tiveram as melhores oportunidades para abrir o marcador. Ainda assim, faltou emoção e intensidade ao jogo. O golo podia ter surgido logo no minuto três, altura em que Santi García rematou à entrada da área diretamente ao poste. De seguida, Pablo apareceu completamente solto na área, mas demorou tanto tempo que, quando rematou, fê-lo contra um adversário.
Os lobos de Arouca deram um ar de sua graça ao quarto de hora, com Weverson a rematar em arco para excelente defesa de Andrew. João Valido não quis ficar atrás e, logo de seguida, impediu, com uma palmada, o golo de Bamba. Até ao descanso, destaque ainda para um remate do meio da rua de Santi García a passar rente à trave.
Finalmente os golos
Vasco Seabra não gostava do que via e deixou no balneário Mansilla, lançando para o segundo tempo Nandín. O certo é que os arouquenses surgiram mais afoitos e, depois de um primeiro aviso de Alex Pinto, Miguel Puche puxou a culatra atrás e disparou para golo. Estava finalmente aberto o marcador em Barcelos e a esperança de um jogo mais animado renascia.
A reação gilista foi enérgica e imediata. Dois minutos depois, Santi García aproveitava uma bola a pingar à entrada da área para, de primeira, rematar cruzado para golo. Os galos entusiasmaram-se e encostaram os lobos às cordas. Félix Correia, com um remate cruzado, obrigou João Valido a fazer uma boa de defesa. Pouco depois, na melhor jogada de todo o encontro, jogada de pé para pé, tabela dentro da área entre Félix Correia e Santi García, com o primeiro a acertar em cheio no poste. Que perdida!
FIGURA: Santi García (Gil Vicente)
Mais um jogo a titular do médio espanhol e mais uma boa exibição. Santí García ajudou a transportar o jogo da equipa para frente, mas também era o primeiro a defender. Depois de acertar no ferro logo no início, foi premiado com um golo no segundo tempo.
MOMENTO DO JOGO: Expulsão revertida
A um quarto de hora do fim, Pedro Santo teve uma entrada mais dura sobre Bamba e o árbitro admoestou o arouquense com o cartão vermelho direto. Os galos iam jogar os últimos 15 minutos em superioridade numérica. Contudo, alertado pelo VAR, Carlos Macedo foi ver as imagens e acabou por reverter o cartão. Boa decisão, que podia ter mudado por completo o desafio.
POSITIVO: Martim entrou ao lado de Carlos Macedo
Martim, de apenas nove anos e que padece de um problema cardíaco delicado, entrou em campo ao lado do árbitro Carlos Macedo. O pequeno Martim tem o sonho de um dia vir a ser árbitro, algo que a doença o pode impedir. Hoje recebeu uma camisola do Gil Vicente FC e uma camisola e um apito do árbitro Carlos Macedo.