Evangelista: «Espero que o meu futuro seja no Arouca»

Rui Santos , Estádio Municipal de Arouca, Arouca
14 mai 2022, 19:12
Armando Evangelista no Arouca-Portimonense

Treinador assumiu dificuldade que foi alcançar a permanência e lembrou os dois períodos críticos que a equipa viveu ao longo da Liga

Armando Evangelista, treinador do Arouca, em declarações na sala de imprensa do Municipal de Arouca, após o nulo frente ao Belenenses, na última jornada da Liga:

«Foi uma época difícil, sem dúvida. Deixo uma palavra à minha equipa técnica e aos jogadores porque foram fantásticos. Dentro das dificuldades, manter um grupo unido, por vezes, é uma tarefa árdua. Ao longo da época tivemos muitos percalços, e se houve um clique foi quando conseguimos estabilidade. Houve duas alturas complicadas. Primeiro, a dificuldade que foi construir o plantel e iniciar esta Liga com o plantel ainda praticamente nu. Enfrentámos os primeiros jogos com uma série de jogadores que não faziam parte dos planos para a Liga, e eles fizeram-no com grande determinação e profissionalismo. Começámos a contratar, a equilibrar, a ter treino e o grupo começou a dar garantias. Depois começam a aparecer lesões. Estivemos quatro jogos com um único guarda-redes disponível e aí vacilamos um bocadinho. Depois vêm as lesões do Eboué, do Pedro Moreira, do Sema Velázquez e o grupo sentiu isso. Mais uma vez toca a juntar os cacos, a mostrar que os que cá estavam eram capazes. A menagem foi bem passada e recebida. Por isso, estamos cá a festejar a manutenção.

Significado pessoal? Significa muito. No nosso país, quando as coisas não funcionam há sempre um único culpado, o treinador. É a mentalidade desportiva que temos. Esta manutenção é um sentimento de tal satisfação porque estamos a falar de um trabalho de dois anos. Temos 16 jogadores que transitam das épocas anteriores, e cinco ou seis que jogam de início vêm do Campeonato de Portugal. Isto é trabalho. Sabíamos das dificuldades que íamos ter e conseguimos aguentar-nos como equipa técnica dois anos, conseguindo os objetivos. Se calhar é um alerta para muita gente. Sinto que isto é muito nosso também.

[Entrega da braçadeira de capitão a Marco Soares]: «Isso mostra a importância que o Marco tem neste grupo. É um exemplo para toda a gente, diariamente. O Marco não sabia. Ele faz parte dos capitães e era importante sentir que foi e é uma peça importante dentro do Arouca. Não lhe fiz favor nenhum, porque ele não precisa disso.

Futuro? Sabemos como é o futebol. Trabalhei num clube em que um presidente muito carismático dizia que, no futebol, o que hoje é verdade amanhã pode ser mentira. Hoje sou treinador do Arouca, com muito orgulho, amanhã não sei. Tenho mais um ano de contrato. Espero que o meu futuro seja o Arouca, se não for vou continuar a ser treinador de certeza absoluta.

 

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