Moreirense-Gil Vicente, 2-2 (crónica)

Bruno José Ferreira , Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos
26 nov 2021, 22:26

Duelo minhoto a abrir com as emoções guardadas para o final

Embate minhoto no arranque da 12.ª jornada da Liga. Moreirense e Gil Vicente mediram forças em posições distintas da tabela, ambas estiveram em vantagem, mas os cónegos desfizeram a cambalhota do Gil Vicente no último lance do encontro, seis minutos para lá dos noventa (2-2).

Depois de uma primeira metade de arrancar bocejos, as emoções ficaram guardadas para a segunda metade. Marcou primeiro o Moreirense, de penálti, o Gil Vicente deu a volta ao encontro, mas em novo lance de bola parada os cónegos acabaram por resgatar um ponto num livre superiormente cobrado por Steven Vitória.

Embalado pelo triunfo da Taça de Portugal, frente ao vizinho Vitória de Guimarães, o Moreirense não conseguiu transportar para o campeonato o espírito positivo, não vencendo há mais de dois meses para a Liga. Com o desenrolar da jornada pode cair para os lugares de despromoção. Ainda não foi desta que o Gil conseguiu vencer em Moreira em jogos do principal escalão do futebol português.

Uns acessórios chamados balizas

Foi mexida a segunda metade do encontro, teve golos, emoção e a tal reviravolta culminada com novo empate. Mas, a realidade é que o jogo iniciou-se tudo menos emotivo. Com as equipas devidamente estudadas mutuamente, o jogo começou encaixado, muito gladiado no setor intermediário, com a disputa pela posse de bola a ser feroz longe das zonas de decisão, as balizas não passaram de meros acessórios.

Tentou pegar no jogo o Gil Vicente, esbarrou num Moreirense exímio a encurtar espaços e a limitar o raio de ação do adversário. Neste limbo, entre a muita luta e a falta de rasgos de criatividade não se registaram lances de perigo.

Kewin e Frelih, guarda-redes de cada um dos emblemas, tiveram de recolher uma bola aqui, um cruzamento ali, recolocar a bola em jogo ou intercetar um passe mais longo que acabou por não resultar em nada. Sem sobressaltos, a atestar uma primeira parte desgarrada.

Cambalhota em queda livre

Foi, então, diferente a segunda metade. Ao intervalo começou a chover com a intensidade e com a chuva chegou uma grande penalidade para o Moreirense num dos primeiros lances após o descanso. Lance contestado por parte dos responsáveis do Gil, mas alheio a isso, depois de cavar o castigo máximo Yan Matheus adiantou o Moreirense no marcador.

Teve armas para dar a volta ao jogo o Gil Vicente. Com mérito. À boleia da entrada de Leautey, que saiu do banco para revolucionar a equipa gilista, Samuel Lino e o inevitável Fran Navarro deram a volta ao resultado com duas assistências do francês lançado por Ricardo Soares.

Quando o Gil já fazia contas a um triunfo que seria histórico, Steven Vitória marcou exemplarmente um livre direto e resgatou um ponto para um Moreirense que parecia não ter capacidades para o fazer.

Um ponto para cada lado, nem o Gil Vicente se cola ao sétimo lugar, nem o Moreirense arma a fuga aos últimos lugares em meio duelo minhoto empolgante.

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