Vizela-FC Porto, 0-4 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio do FC Vizela
19 dez 2021, 20:58
Zaidu, Uribe, Luis Díaz, Fábio Cardoso e Otávio no Vizela-FC Porto (Manuel Fernando Araújo/Lusa)

Relaxamento termal antes dos clássicos

Na antecâmara de dois clássicos frente ao Benfica, o FC Porto usufruiu de uma espécie de relaxamento nas águas termais com propriedades terapêuticas reconhecidas há mais de dois séculos em Vizela. Os dragões venceram de forma confortável (0-4) e ficaram a dever a si mesmos um resultado de outra envergadura, essencialmete na primeira parte.

Mesmo sem o timoneiro no banco de suplentes, os azuis e brancos fizeram da seriedade a sua principal arma num terreno difícil – o Benfica que o diga, por exemplo – e foram competentes em todos os momentos do jogo, não olhando ao diferencial entre as duas equipas. O lado esquerdo do ataque azul e branco foi o cerne para desmontar este Vizela, sendo por este flanco que os azuis e brancos construíram os quatro golos do triunfo, dois em cada uma das partes.

A correr por fora, depois de os rivais já terem feito a sua parte esta jornada, o FC Porto cedo encaminhou o triunfo, juntando-se novamente ao Sporting no topo da classificação. Fê-lo com a maior goleada fora de portas até agora, à boleia dos quatro golos apontados.

Sociedade Díaz & Otávio

Aos vinte minutos o FC Porto já vencia por dois golos e colecionava mais uma mão cheia de lances flagrantes mara aumentar a contagem. Entrada arrebatadora, com combinações simples e eficazes e proporcionar várias chegadas perigosas à área adversária. Cedo a sociedade Díaz & Otávio encaminhou o triunfo.

Otávio fez o lançamento longo para Luíz Días fazer o primeiro ao minuto catorze, com o colombiano a livrar-se de Bruno Wilson antes de bater Charles já de ângulo apertado. Apenas cinco minutos volvidos inverteram-se os papeis. Desta feita foi o colombiano a servir Otávio para o médio fuzilar no coração da área.

Pelo meio sobraram várias oportunidades flagrantes de golo em cinco minutos estonteantes dos dragões, fazendo com que a estratégia vizelense desabasse por completo. Valeu à equipa de Álvaro Pacheco o baixar de ritmo dos dragões após uma entrada forte.

Esquerda que rende

O técnico Vizelense, vindo de um triunfo fora de portas que animou a equipa, mexeu ao intervalo na tentativa de espevitar os seus homens. Mas, a autoestrada pela esquerda continuava aberta e foi novamente aproveitada pela turma que hoje teve Vítor Bruno no banco de suplentes.

Logo no segundo minto após uma sucessão de disputas de bola que deixou o Vizela desposicionado, Zaidu aproveitou a via aberta para sair disparado ainda do seu meio campo com caminho livre à mercê, parando apenas na cara de Charles para fazer o terceiro da noite em tons de azul. Se havia esperança de uma resposta da equipa da casa, o terceiro golo e logo a seguir a expulsão de Schettine, na sequência daquele que até foi o lance mais perigoso do Vizela em todo o jogo, deitaram essa esperança vizelense por terra.

Num desvio infeliz para a sua própria baliza Samu assinou o quarto para o FC Porto e o resultado final de um encontro em que os azuis e brancos conseguiram gerir a equipa, fazendo descansar os seus principais elementos no decorrer do segundo tempo.

Triunfo simplificado pelos dragões em Vizela, com competência e organização frente a um Vizela que nunca teve argumentos. Seguem-se os clássicos.

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