Rio Ave-Gil Vicente, 0-0 (crónica)

6 dez 2014, 17:55
Rio Ave-Gil Vicente (LUSA/ José Coelho)

Entrega e atitude provocam meia surpresa nos Arcos

Um ponto ganho para o Gil Vicente. Saldo positivo na visita ao Rio Ave, um dos campos difíceis da Liga. Segundo empate fora de portas para uma equipa que quer deixar o último lugar rapidamente. O ponto, ganho a um Rio Ave mais ofensivo e vistoso, penaliza claramente a equipa de Pedro Martins, que seria a vencedora justa do encontro se este, no final, fosse votado aos pontos.

Mas é futebol e, ciente disso, Gil jogou com as armas que tem. José Mota já leva algum tempo à frente do clube para tomar pulso à realidade do plantel e sabe que não pode pedir recorte técnico acima da média. Há um ponto, contudo, em que qualquer que seja o jogador, tem de fazer a diferença: a entrega. E disso não se pode queixar o técnico gilista.

FICHA DE JOGO


A equipa respondeu com o que tinha. Nem sempre inteligente a sair, bem menos interessante a trocar a bola do que o Rio Ave, mas muito combativa. Se é certo que, só isso, não dará para muito mais nesta Liga, esta tarde valeu um ponto num terreno difícil.
 
O Rio Ave teve as melhores ocasiões, é certo, mas revelou dificuldades evidentes frente a um rival de bloco baixo constante. Ainda assim, falhou mais do que seria suposto.
 
Começou, de resto, o jogo a desperdiçar, com Adriano, o mesmo de sempre, a salvar o Gil logo no primeiro ataque vila-condense, finalizado por Ukra. Pouco depois, Tarantini, solto na área atirou por cima. Estava dado o mote do encontro: o Gil ia ter de sofrer. Na antevisão, aliás, poucos arriscariam outro prognóstico. 
 
É verdade que os barcelenses, de quando em vez, viam a baliza contrária, mas só com relativo perigo. O Rio Ave, esse sim, tinha verdadeiras oportunidades. Esmael obrigou Adriano a brilhar novamente, aos 20 minutos, e o mesmo Esmael até colocou a bola na baliza, mas o lance foi (bem) anulado por fora de jogo.
 
Em cima do descanso, Ukra desperdiçou um contra-ataque de dois para um comum remate para nova intervenção de…Adriano, pois claro.
 
Gil quase só defende, mas atira à trave

 
O jogo não mudou muito no segundo tempo. O Rio Ave voltou a ter mais bola, a ser mais perigoso e mais vezes perigoso. Apesar disso, foi do Gil a mais soberana ocasião na segunda parte, quando Caetano, de canto direto, atirou à trave da baliza de Cássio.
 
Antes, Pedro Moreira e, depois, Tarantini tiveram posições privilegiadas para alvejar a baliza. Nenhum acertou no alvo.

Adriano foi o melhor em campo (DESTAQUES)

 
O Gil passou a acreditar mais na possibilidade de trazer pontos de Vila do Conde e, ao trocar Jander, extremo, por Luan, trinco, José Mota posicionou a equipa para o assalto final. Era preciso defender e tentar a sorte no contra-ataque. Primeiro parte do plano quase perfeita. A segunda…nem assustou.
 
Com o passar dos minutos, o Rio Ave não escondeu o nervosismo. As entradas de Del Valle e Jebor pouco acrescentaram e o coração mandou mais do que a cabeça.
 
Fica, claramente, a sensação de um ponto ganho para o Gil e dois perdidos pelo Rio Ave. Mas a equipa de José Mota, que entrega provisoriamente a lanterna ao Penafiel, continua sem saborear a mais preciosa das bebidas na Liga: a vitória. Resultados como o deste sábado, contudo, ajudam a moralizar as tropas, ao mesmo tempo que condenam um Rio Ave que já viveu momentos mais felizes.

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