Liga Europa: Elfsborg-Sp. Braga, 1-1 (crónica)

7 nov, 19:54

Perdidos na bruma

Enorme desilusão para o Sp. Braga no nevoeiro de Boras, na Suécia. A equipas de Carlos Carvalhal chegou à vantagem, já na segunda parte, na sequência de um lance de laboratório, mas depois permitiu o empate aos suecos na ponta final de um jogo que ficou marcado pela fraca visibilidade. Feitas as contas, minhotos e suecos somam os mesmos quatro pontos e têm mais quatro jogos pela frente.

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Carlos Carvalhal promoveu mais uma revolução, como tem sido habitual na Liga Europa, promovendo sete mudanças em relação à equipa que tinha ido vencer a Arouca (2-1), começando no guarda-redes, passando por todos os setores, com destaque para o facto de ter começado o jogo com uma linha de três defesas.

O Elfsborg procurou exercer uma pressão alta nos instantes iniciais, mas teve de recuar em toda a linha, uma vez que o Sp. Braga conseguia facilmente profundidade pelos corredores, com dois homens bem abertos em cada ala: Roger Fernandes e Ricardo Horta sobre a direita e Gharbi e Gabri Martínez no lado contrário. Uma mudança na estrutura que tática que surpreendeu os suecos, pelo menos, nos primeiros instantes da partida.

Logo a abrir o jogo, aos 4 minutos, a equipa minhota teve uma oportunidade flagrante para abrir o marcador, com Gabri Martínez a arrancar pela esquerda e a cruzar para o primeiro poste onde surgiu Roberto a desviar de primeiro. Valeu ao Elfsborg um corte determinante sobre a linha fatal. Com um grande ambiente nas bancadas do Boras Arena, os homens de Carlos Carvalhal entraram a mandar no jogo e Arrey-Mbi também podia ter marcado na sequência de um pontapé de canto.

Foi nesta altura que começou a cair um nevoeiro sobre o relvado que foi ficando cada vez mais denso. Foi também nesta altura que o Elfsborg conseguiu subir uns metros no terreno e acabou por equilibrar o jogo. Os suecos não conseguiam fazer grande mossa junto da área de Hornicek, mas a verdade é que também estavam a jogar cada vez mais longe da sua área e a crescer no jogo.

Uma boa primeira parte da equipa de Carlos Carvalhal, mas ficou evidente que faltava uma referência mais fixa na área dos suecos e não surpreendeu, por isso, que Carvalhal tenha lançado El Ouazzani logo a abrir o segundo tempo.

Festa e desilusão

O Sp. Braga voltou a entrar melhor na segunda parte, numa altura em que o nevoeiro tornou-se ainda mais denso. Carlos Carvalhal lançou ainda Bruma para a contenda e o avançado acabou por ter influência no golo que chegou aos 64 minutos, num lance estudado. Na sequência de um livre sobre a direita, marcado por Roger, Bruma deixou a bola passar por entre as pernas e Ricardo Horta apareceu, solto, à entrada da área para encher o pé. A bola ainda bateu em Pettersson e em Ouma, mas acabou mesmo por passar a linha fatal.

Um golo importante que permitia ao Sp. Braga dar um salto significativo na classificação da Liga Europa, mas ainda faltava quase meia-hora para o final. O treinador do Elfsborg refrescou o ataque da sua equipa, com três alterações de uma assentada e a equipa nórdica voltou a crescer no jogo. O Sp. Braga até parecia ter o jogo controlado, mas Rapp rompeu pela direita, deixou Gabri nas costas e cruzou tenso para a área onde Holten acabou por ser mais rápido do que Arrey-Mbi e atirou a contar. Um golo construído por dois suplentes que «roubou» a segunda vitória ao Braga quando faltavam pouco mais de cinco minutos para o final.

Os suecos chegaram mesmo a ameaçar uma reviravolta no resultado, mas o empate manteve-se firma até final. Um empate saído da bruma que cobriu o Boras Arenas e que deixa as duas equipas com apenas quatro pontos na classificação da Liga Europa.

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