Mourinho sofre, mas nulo em Leverkusen vale segunda final europeia pela Roma

18 mai 2023, 22:01

Equipa italiana teve de defender muito e acabou sem qualquer remate à baliza, mas 0-0 garante bilhete para Budapeste ao vencedor da Liga Conferência. Sexta final europeia para o português

A Roma está, pelo segundo ano consecutivo, numa final europeia. José Mourinho, idem. O detentor da Liga Conferência vai, um ano depois, tentar erguer o troféu da Liga Europa.

A equipa italiana sofreu (e muito). Defendeu, também. Viu Rui Patrício ser importante com várias defesas. E também o Bayer Leverkusen ser ineficaz e não ter a estrelinha que tantas vezes se fala, pelo menos para empatar a eliminatória: 0-0 foi o resultado na segunda mão da meia-final, a dar o bilhete aos transalpinos para Budapeste.

O golo de Bove, há uma semana, acaba a fazer a diferença e vale nova final europeia da história à Roma, a sexta a José Mourinho, que há seis anos conduziu o Manchester United ao título na segunda mais importante prova de clubes.

No reencontro com o seu antigo pupilo Xabi Alonso, agora no jogo da segunda mão, Mourinho e a Roma, mais do que jogar para vencer o jogo, jogaram para vencer a eliminatória. O contrário aconteceu com os farmacêuticos, que cedo tentaram colocar em campo a receita para combater a desvantagem sofrida em Itália. 

A primeira parte teve pouco, mesmo muito pouco da Roma a nível ofensivo. Como quase todo o encontro. Depois de um remate perigoso de Pellegrini que passou pouco ao lado, logo aos dois minutos, praticamente só deu Leverkusen no ataque. Aos 11 minutos, Diaby, lançado em velocidade e com espaço na direita, arrancou desde o meio campo até à área e o potente remate levou a bola ao ferro. Sério aviso, numa primeira parte em que Rui Patrício teve de aplicar-se num par de remates de Demirbay para manter o 0-0 ao intervalo.

Por altura da recolha aos balneários, já não estava em campo Spinazzola, que saiu com problemas físicos para a entrada de Zalewski (34m) e a segunda alteração deu-se logo ao intervalo, com a entrada de Wijnaldum para a saída de Belotti.

Na segunda parte voltou a haver mais Leverkusen, esmagador no capítulo ofensivo, com mais posse de bola, mais tentativas, remates e cantos, mas sem conseguir o golo. A Roma fechava espaços, defendia, defendia e defendia… E suspirava de alívio quando as bolas passaram ao lado da baliza de Patrício. Aliás, acabou mesmo o jogo sem qualquer remate enquadrado com a baliza de Hradecky, quase um mero espetador ao longo dos 90 minutos.

Aos 67 minutos, Patrício teve talvez a tarefa mais difícil após o intervalo, com uma defesa apertada junto ao poste, seguido de um corte decisivo de Mancini a negar a finalização a Azmoun.

Xabi Alonso lançou Adli, Amiri e Hlozek para o quarto de hora final e foi desesperando com a persistência do 0-0 (mesmo com a equipa a fazer tudo para marcar). O resultado não mudou ao fim dos oito minutos de compensação e coloca a Roma na rota de Budapeste, a 31 de maio. No final, com respeito, um abraço entre Xabi Alonso e Mourinho.

Na final, a Roma vai defrontar o Sevilha, que afastou a Juventus, após prolongamento.

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