Samu foi figura, mas o diabo esteve nos detalhes
FIGURA: Samu
Samu uma vez, Samu outra vez! O avançado internacional jovem espanhol é cada vez mais sinónimo de golo pelo FC Porto. Sete golos nos últimos cinco jogos pelos azuis e brancos, em todos eles a marcar. Esta noite, numa grande noite europeia no Estádio do Dragão (que só não o foi mais porque a vantagem escapou aos dragões no fim), Samu completou a reviravolta da equipa treinada por Vítor Bruno, fazendo o 2-2 de cabeça e o 3-2 de pé direito. Foi bravo na luta com a defensiva dos ingleses e oportuno quando tinha de o ser. Teve a ovação da noite quando foi substituído ao minuto 77, antes de o Man. United gelar os dragões para lá do minuto 90.
MOMENTO: o diabo está nos detalhes. E esteve em Maguire (90+1)
Reduzido a dez após a expulsão de Bruno Fernandes ao minuto 81, o Manchester United resgatou um ponto no Estádio do Dragão por Maguire, que tinha entrado ao minuto 79 ainda em onze para onze (quando Ten Hag trocou os dois centrais) e desviou, de cabeça após canto de Eriksen, para o 3-3 final. O diabo esteve mesmo nos detalhes. Neste caso, na bola parada, num lance em que a superioridade numérica por vezes se esfuma. E assim foi.
OUTROS DESTAQUES
Eriksen: talvez um dos maiores sinónimos de equilíbrio na equipa do Manchester United e, sem marcar qualquer golo, foi diretamente decisivo na sua equipa, ao estar nos três golos. Foram nos seus pés que começaram as jogadas dos golos de Rashford e Hojlund e foi dele o canto batido para Maguire assinar o 3-3 final.
Pepê: relançou o FC Porto numa altura em que o jogo parecia meio perdido para os dragões, com o Manchester United a vencer por 2-0, ao fazer o primeiro golo do FC Porto, ao minuto 28. Mais tarde, fez a assistência para Samu completar a reviravolta no marcador ao minuto 50. Determinante no início da recuperação do FC Porto.
Rashford: espalhou o pânico na defesa do FC Porto na primeira parte, com sucessivos ataques da esquerda para o meio. Foi assim que inaugurou o marcador no Estádio do Dragão, num lance em que passou pelo meio de João Mário e Eustáquio, antes de bater Diogo Costa. Assistiu Hojlund para o 2-0 com um passe preciso e, já perto do intervalo, em mais um grande lance individual, só o muro criado em frente à baliza impediu que fizesse o 3-2 do Man. United. Saiu, de forma aparentemente surpreendente, ao intervalo. Em 45 minutos, desequilibrou.
João Mário: é verdade que sofreu muito com as investidas de Rashford, que o bateu sobretudo no lance do 1-0 (e noutras investidas), mas o lateral-direito acabou por fazer bem mais a diferença lá à frente. Fez o cruzamento que ditaria o golo de Pepê e fez novo cruzamento, bem tirado, para Samu assinar o 2-2 ainda na primeira parte. Acabou o jogo no corredor direito do ataque, a partir do minuto 63, quando Vítor Bruno tirou Pepê e lançou Martim Fernandes.
Hojlund: se os ataques se superiorizaram às defesas, sobretudo numa louca primeira parte, o avançado dinamarquês também deixou a sua marca, ao fazer o segundo golo dos «red devils».
Maguire: por fim, o herói improvável do Manchester United no Dragão. Já com a equipa reduzida a dez devido à expulsão de Bruno Fernandes, o central ganhou nas alturas e, a canto de Eriksen, desviou para o 3-3.