Entre o domínio e a tremedeira: Vitória segue imparável na Europa
Nono jogo europeu; nono triunfo. O Vitória segue imparável na Liga Conferência, batendo os checos do Mlada Boleslav (2-1) no Estádio D. Afonso Henriques. Dois golos em lances de bola parada, de Tiago Silva e do estreante Óscar Rivas, deram o triunfo ao conjunto de Rui Borges.
A meio do novo modelo de fase de liga das provas europeias, os conquistadores já podem começar a gizar as contas da passagem à fase seguinte – segue no grupo da frente – ainda que a exibição não tenha sido brilhante. Os checos marcaram em Guimarães o primeiro golo desta fase, reduziram a desvantagem e levaram a equipa lusa para o desconforto na fase final.
Seguraram-se os conquistadores, são um dos cinco emblemas que somam por triunfos os primeiros três jogos. Percurso imaculado do Vitória, mesmo não se livrando da tremedeira final perante 12.941 adeptos no anfiteatro vimaranense, frente ao 10.º classificado do campeonato checo.
Depois do travessão o fundo das redes
No relvado do D. Afonso Henriques cedo se percebeu que o Vitória de Guimarães – mesmo com seis alterações no onze comparativamente com o triunfo sobre o Moreirense – tem mais argumentos que o conjunto checo. Era necessário efetivar essa supremacia.
A realidade é que, mesmo dominando, o conjunto de Rui Borges começou por sentir dificuldades a ligar setores e a ser incisivo no último terço. Entre os vários pontapés de canto conquistados tardavam a chegar lances de real perigo. Até que Tiago Silva resolveu entrar em jogo. Quando estava cumprida meia hora de jogo o camisola 10 do Vitória encheu o pé e tirou tinta ao travessão. Remate violento, sem hipóteses para o seguro Trmal – que já jogou no Vitória – ter qualquer hipótese de defesa.
Primeiro à trave, depois no fundo das redes 🎯 Tiago Silva
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Um pronúncio. A cinco minutos do intervalo Kaio César iludiu Fulnek na área, dando origem à grande penalidade que desbloqueou o jogo. Cobrança exímia, Tiago Silva encarou Trmal e fez abanar a redes, lançando o Vitória para o triunfo. Pelo meio, nota para o perigo criado pelo Mlada Boleslav, que num canto pôs o último reduto luso em sentido.
Segundo golo, tremedeira e incerteza até final
A supremacia do Vitória acentuou-se após o período de descanso. Rui Borges, irrequieto no primeiro tempo, afinou a estratégia e os vimaranenses tiveram o seu melhor período, com vários lances ofensivos de finalização e uma ameaça real de chegar ao segundo golo.
Foi o que aconteceu perto da hora de jogo, num pontapé de canto. Tiago Silva cobriu na direita, Manu Silva desviou no coração da área para Óscar Rivas, o estreante, assinalar de forma dourada a primeira aparição com a camisola do Vitória. Marcou ao segundo poste.
A estreia a marcar 🔥 Óscar Rivas
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Seguiu-se o credo na boca. O jogo parecia controlado, mas equipa de Rui Borges intranquilizou-se, cometeu erros e permitiu que o Mlada acreditasse. Kusej aproveitou um erro de Borevkovic para marcar e instalar um cenário de incerteza. Passes errados em catadupa, mau posicionamento e momentos de indefinição.
Na indefinição cabem também várias hipóteses para o Vitória chegar ao terceiro, acabando o apito final por ditar o triunfo tangencial, mas justo, dos minhotos, que somam e seguem na Liga Conferência.